RedaçãoCom projeto de financiamento coletivo lançado no Catarse, a Agência Mural de Jornalismo das Periferias anunciou planos para crescer na cobertura das regiões periféricas da grande São Paulo. Por meio da campanha, a iniciativa pretende formalizar o trabalho dos cerca de 70 profissionais de comunicação que colaboram com as reportagens e registrar-se como associação sem fins lucrativos.
De acordo com os responsáveis, a “vaquinha online” é realizada não apenas para que a agência possa oficialmente começar a gerar recursos para fazer seu impacto ser ainda maior, mas para poder juridicamente proteger todos os “muralistas” que trabalham como jornalistas por meio da iniciativa.
“Nenhuma das quase 70 pessoas envolvidas no Mural é remunerada pelo seu trabalho exclusivo. Imaginem o que poderemos fazer se começarmos apenas a ter mais tempo para nos dedicarmos à missão da nossa agência? Imagine o impacto que poderemos alcançar ampliando nossa missão de democratização da produção, circulação e distribuição de informação, produzindo jornalismo de forma ética e responsável, valorizando todas as vozes e territórios igualmente”, escreveram os representantes do projeto na apresentação da proposta de financiamento.
Os responsáveis pela Agência Mural afirmam que o projeto – que nasceu em novembro de 2010, com cerca de 20 jornalistas – tem a missão de minimizar as lacunas de informação e contribuir para a desconstrução de estereótipos sobre as periferias de São Paulo. No texto de apresentação do crowdfunding, são apresentados, ainda, outras iniciativas do coletivo e parcerias mantidas com projetos como a Rede Nossa São Paulo, o site Outra Cidade e o estúdio Central 3.
Para colaborar com o projeto jornalístico basta entrar no link do financiamento coletivo no Catarse. São aceitos como doação valores de R$ 10 a R$ 5.000, sendo que para cada arrecadação, a Agência Mural estabeleceu recompensas. A campanha se estenderá até 15 de maio e pretende alcançar o mote de R$ 36.000.
