cURL Error: Connection timed out after 10001 milliseconds “Eu prefiro morrer do que perder a vida!” - por Fernando Guifer
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“Eu prefiro morrer do que perder a vida!”

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A frase do título foi extraída de um dos episódios do seriado Chaves (original ‘El Chavo Del Ocho’), em que o protagonista exclama a plenos pulmões este pensamento em um contexto totalmente diferente ao que será abordado por mim nas linhas abaixo.

Mas, apesar de um trecho composto para a ótica do humor, vejo como uma das frases mais sábias do grande gênio e pensador Roberto Goméz Bolaños, criador do nosso inspirador Chavinho.

Vamos lá: primeiro que ‘morrer’ é uma coisa, e ‘perder a vida’ é outra bem diferente.

1- O ser humano é considerado morto quando suas atividades cerebrais decretam falência perante as leis da medicina;

2- O ser humano, porém, perde a vida, quando deixa de sonhar, de amar, de acreditar, de se expor, de sentir prazer com pequenos gestos, ou quando até mesmo o brilho do sol ao meio dia passa a lhe causar incômodo.

E, para que o item 2 se torne real, o cidadão não precisa ter sido declarado clinicamente morto, afinal, é bem possível sentir o coração bater, o cérebro operar e, mesmo assim, ter a incógnita e angustiante sensação de ser um alguém sem vida ou sem valor para o mundo e, principalmente, para si mesmo.

O tal ‘nascer-trabalhar-consumir-morrer’ acaba com nossa saúde emocional/física – na unha – e faz com que tudo ao redor que detenha considerável relevância passe a flutuar despercebidamente bem diante dos nossos olhos.

Trabalho, estudos, ou qualquer projeto que seja, nos insere em um vicioso e maléfico círculo de zumbis, daquele que nos torna marionetes guiadas por sonhos que acreditamos ter, mas que, por falta de tempo (e de tesão), mal lembramos quais são de fato.

E tudo pq, ao longo dos anos, criamos o costume de nos autossabotar com cabrestos invisíveis e dedicar toda a vida em torno algo que imaginamos ter relevância para nossa felicidade plena, quando, no acerto de contas, pufff… não conseguimos realizar absolutamente nada do que foi planejado quando a cabeça encostou no travesseiro.

Sonhar e não realizar nos estimula seguir rumo a um caminho que muitas vezes não tem passagem de volta, mesmo quando aparentemente esteja claro que recomeçar é parte do processo e algo extremamente necessário para, não só testar a capacidade que temos em dar a volta por cima, mas, também, para nos tornar mais maduros na hora de cortar o bolo.

Mas, olha… não é fácil lidar com as derrocadas. Nunca foi. Viver é uma arte!

Nós, humanos, somos imediatistas e gostamos de ver os projetos dando certo ‘pra ontem’. Jamais nos preparamos para o fracasso e, talvez o erro esteja exatamente aí, já que na vitória a gente não cresce. Vencer é gostoso, mas não agrega valor. Na verdade, é o balde de água fria que nos torna pessoas e/ou profissionais melhores dia após dia.

Contudo, a frustração nos torna reféns de um sorriso amarelado que tem como cativeiro um cômodo escuro e a mentirosa – e clichê – frase “estou bem, fica tranquilo!”, dita sempre que alguém se aproxima.

E os males responsáveis por ‘acabar com nossa vida sem nos matar’ geralmente tem como pontapé inicial uma palavra que raramente levamos a sério: rotina.
A correria é capaz de transformar nossa rotina em algo tão estafante, que chega ao ponto de não encontramos mais prazer em observar e admirar as belezas naturais que o mundão nos oferece gratuitamente pelas poucas – muitas – 24 horas que fazem um elo dégradé entre o sol e a lua diariamente. E quando percebemos, já estamos respirando sem motivo e caminhando sem destino.

Vale saber que, qualquer preguiça que criamos de pensar ou de agir nos destreina para o raciocínio lógico, nos desperta para a ignorância, e, no fim das contas, tudo desemboca pra valer naquela parada de ser manipulado, entende?

Ou seja, passamos a não fazer mais o que temos vontade, e sim, a prosseguir conforme o andar da carruagem e o dançar conforme a música (como bons piolhos censurados pelo próprio vulto).

Não deixemos as circunstâncias nos fazer agir como inquilinos do próprio nariz, pois, a única coisa que nos faz ter domínio sobre o tal “eu que mando em meu destino” é nossa identidade. E quando vivemos em função do que a sociedade espera de nós e não do que achamos ser o correto a ser feito em prol dela, é sinal de que já não há mais personalidade própria. E o perigo mora exatamente aí.

Afinal, sou eu quem depende do futuro ou é o futuro quem vai depender de mim?

Prefira sempre morrer do que perder a vida. Sempre!
Se for para morrer, que morra logo e deixe de fazer peso na terra;
Se for para viver, que seja intensamente feliz e agregador para os que lhe cercam e, principalmente, para o próprio sapato.

Enquanto viver, viva!
Faça o melhor que puder em tudo aquilo que se propuser.
Suas atitudes e realizações servirão de base para um legado que poderá ser positivamente aproveitado por todos os que ficarem depois de sua partida.

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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