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Festival no Rio exibe 32 filmes inéditos com histórias sobre deficiência

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Realizado a cada dois anos e considerado um dos mais importantes eventos de inclusão cultural do país, o Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência chega à sua 8ª edição, exibindo até o próximo dia 28, no Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro (CCBB Rio), 32 filmes de 20 países, entre eles o Brasil. São documentários inéditos, de curta e média metragem, que contam histórias protagonizadas por pessoas com diversas deficiências, como síndrome de Down, autismo, paralisia cerebral, atrofia muscular espinhal, e deficiências física, visual, auditiva e intelectual.

O relacionamento delicado entre uma garota especial e o universo que a rodeia é o tema do curta “Luiza”, de Caio Baú, um dos representantes brasileiros na mostra. No filme, a sexualidade serve como fio condutor para abordar questões como preconceito, relacionamento entre pais e filhos, superproteção familiar, autonomia, diferenças e amor.

Outros destaques da programação do festival são a produção indiana “Eu sou Jeeja”, sobre a líder ativista Jeeja Ghosh, que luta pelos direitos dos que têm paralisia cerebral na Índia, e “Dois Mundos”, obra polonesa que mostra a família de Laura, garota de 12 anos que tem pais surdos. A superação pelo esporte é o tema de “50 X Rio”, filme italiano que conta a história de Alex Zanardi, ex-campeão de Fórmula Indy que se preparou para os Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro, em 2016.

“Ao mesmo tempo em que nos leva a refletir sobre aspectos fundamentais da vida em sociedade e do autoconhecimento, o festival também faz refletir sobre o nosso país, por meio da comparação com as mais diversas culturas e sociedades representadas na seleção”, afirmam os curadores do evento, Lara Pozzobon e Gustavo Acioli, em texto sobre a mostra. Eles acrescentam que essa comparação é sempre reveladora, “principalmente quando descobrimos que somos mais avançados no que pensávamos que éramos atrasados, e mais atrasados no que pensávamos que éramos avançados”.

Os Estados Unidos, o Reino Unido, Canadá, a Austrália, Suíça, Itália, Espanha, Polônia, Bulgária, Finlândia, Espanha, Turquia, Ucrânia, Tailândia, a Alemanha, Rússia, Índia, Myanmar e a Letônia, além do Brasil, formam a lista dos países que tiveram produções selecionadas para o festival. Além da exibição de filmes, a programação do evento conta com quatro debates sobre os temas A visão e os sentidos da arte; Corpo e movimento; Tecnologia assistiva de ponta e Amor e relacionamento.

Como não podia deixar de ser, a acessibilidade para todos os públicos é preocupação fundamental dos organizadores do festival. Nesse sentido, o CCBB Rio oferece as condições mínimas necessárias para o evento, uma vez que tem sua arquitetura concebida para o acesso de pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes.

Além disso, o festival oferece audiodescrição em todas as sessões e catálogos em Braille para pessoas com deficiência visual. Já as pessoas com deficiência auditiva contam com legendas eletrônicas nos filmes e interpretação em Libras nos debates.

Desde a primeira edição, em 2003, o CCBB abriga o Assim Vivemos, que depois do Rio segue para os centros culturais do Banco do Brasil em Brasília (este ano, de 5 a 17 de setembro) e São Paulo (de 20 de setembro a 1º de outubro). “Acreditamos que o cinema, seja pelo filme de ficção ou pelo documentário, tem sido grande ferramenta de conscientização, e o festival tem contribuído bastante ao transportar o público para as mais diversas realidades e situações que envolvem a questão da deficiência”, avalia o gerente-geral do CCBB Rio, Fabio Cunha.

A programação completa está disponível no site www.assimvivemos.com.br . O CCBB Rio fica na Rua Primeiro de Março, 66, no centro.

*Edição: Graça Adjuto

*Paulo Virgilio – Repórter da Agência Brasil

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Agência Brasil

Agência pública de notícias criada em 1989, logo após a incorporação da Empresa Brasileira de Notícias (EBN) pela extinta Empresa Brasileira de Comunicação (Radiobras). Em 2007, com a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que incorporou a Radiobras, passou a integrar o sistema público de comunicação.

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