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Leitores jovens preferem notícias selecionadas por algoritmos do que por editores

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Foram apresentados os resultados do estudo Digital News Report 2017, realizado pela Reuters Institute for the Study of Journalism. A pesquisa, que revela como as notícias são descobertas e consumidas, indicou que leitores mais jovens (64%) preferem notícias selecionadas por algoritmos, em vez daquelas selecionadas por editores. O fenômeno tem contribuído para o aumento de fenômenos como a propagação crescente de falsas notícias. As informações são do Blog Porta 23.

Mais de 70 mil pessoas foram ouvidas pelos responsáveis pelo levantamento, em 36 países, incluindo o Brasil. Segundo o estudo, a preferência dos jovens pelo conteúdo selecionado por algoritmos está ligada ao fato de que eles são os que mais usam mídias sociais, agregadores e smartphones.

Também é mostrado que os algoritmos podem estar expondo a maioria dos usuários a maior variedade de fontes online, o que não é necessariamente bom, já em sistemas de mídias sociais, por exemplo, a diversidade de fontes e de opiniões caminham em lados opostos, o que contribui para a formação de bolhas.

A opinião dos próprios participantes da pesquisa reforçam a ideia de bolhas. De acordo com eles, a exposição a mais fontes reforça uma linha única de pensamento, especialmente se as informações vierem de fontes menos respeitáveis ou que carreguem pontos de vista partidários e extremos. No estudo, quase metade dos entrevistados (45%) gerenciou ativamente o conteúdo de seus feeds nas redes sociais adicionando ou removendo usuários, no intuito de protegerem-se das opiniões que não gostam, passando termais acesso a publicações que gostam ou concordam.

O comportamento tem se refletido na política. Considerando amostra de seis países (EUA, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Espanha e Austrália), o Digital News Report revelou que mais de um terço dos usuários de redes sociais (37%) segue ao menos um político ou partido político – em geral, aqueles com os quais concordam. Também foi mostrado que o engajamento é maior entre os políticos ditos de esquerda, que têm cinco vezes mais chances de serem seguidos que os políticos da direita.

Confiança na mídia

Responsável pelo Blog Porta 23, a jornalista Cristina De Luca informa que ao compartilharmos notícias com os amigos, alimentamos cada vez mais os algoritmos que decidem o tipo de notícias que veremos na timeline. “Infelizmente, esse compartilhamento é cada vez maior entre as notícias recebidas de amigos, produzidas por fontes alternativas. Isso porque, em todas as regiões, incluindo na América Latina, os usuários de internet mostram baixos níveis de confiança em seus meios de comunicação”, explica.

Apesar disso, segundo o Digital News Report, no Brasil os veículos tradicionais de notícias permaneceram sendo os mais populares no ambiente online, mesmo considerando que a TV e a mídia impressa tenham perdido importância como principais fontes de informação no último ano. Mas também no país, a porcentagem de consumidores de notícias que acreditam que a mídia é livre de influência política indevida caiu de 36% para 30%, na comparação com a edição de 2016.

“Para virar o jogo, especialmente no Brasil, a mídia não pode subestimar as consequências da auto seleção de notícias. E precisa entender, de uma vez por todas, que a curadoria delegada aos algoritmos pode ser uma escolha do consumidor, para evitar deliberadamente que seja exposto a notícias contrárias às suas preferências e interesses. Não porque as plataformas o forçaram a fazê-lo, sem que ele tivesse conhecimento, como o argumento da bolha de filtro leva a crer”, afirma Cristina.

Ainda segundo o levantamento da Reuters, 27% dos 70 mil consumidores de notícias ouvidos dizem que os algoritmos os expõem incidentalmente a conteúdos sobre os quais discordam e 37% e 40%, a conteúdos pelos quais não têm interesse.

“Expor incidentalmente o consumidor de notícias a conteúdos fora da área de interesse é justamente algo que caracterizou fortemente a mídia de massa do Século XX. Precisamos encontrar um jeito de fazer com que esses conteúdos não demandados sejam realmente interessantes. Só assim daremos o primeiro passo para voltar a atrair a confiança dos consumidores de notícia”, disse a profissional.

Veja mais detalhes sobre o Digital News Report podem ser vistos neste link.

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Redação

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