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“Façam o maior número de estágios possíveis”, sugere jornalista gaúcho

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Músico e apreciador de cinema, Vinícius de La Rocha ingressou em 2002 para cursar Jornalismo na Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS. “Escolhi a Famecos por ser uma das instituições mais conceituadas do Rio Grande do Sul”, revela. O comunicador conta que gostava de roteiros e a profissão o interessou, pois pensava em se tornar crítico musical ou cinematográfico. Mesmo que não tenha seguido por esse caminho, ele declara que trabalha com cinema há muito tempo, mas não mais como jornalista.

O primeiro contato com a Universidade é um momento marcante para os calouros. E para Vinícius de La Rocha não foi diferente. Ansioso pelo trote, relembra que a primeira impressão da Famecos foi a melhor possível. “Era um sonho se concretizando. Eu sabia que tinha toda uma vida nova pela frente: experiências, conhecimento, novos amigos, mulheres, festas, trabalho, estágio. Enfim, era o começo de uma nova ordem na minha vida”. O famequiano conta que os lugares os quais mais frequentava eram o saguão e o Centro Acadêmico da Faculdade (CAAP). “Gostava de conversar com as pessoas, jogar sinuca e trocar algumas ideias com a galera”. Para ele, as aulas eram produtivas e as cadeiras eram lecionadas por profissionais apaixonados pelo que faziam. Ele ainda destaca os professores que o marcaram, entre eles Marques Leonam, Elson Sempé e Eduardo Wannmacher.

O comunicador optou por sempre estudar à noite para colocar em prática a sua ideia de estagiar durante o dia, o que acabou acontecendo logo nos primeiros meses. Ele revela que sua trajetória no mercado de trabalho iniciou ao longo dos estágios. “Esse é o momento no qual conhecemos muitas pessoas do meio, fazemos network interessante e pegamos boa experiência”, afirma. Durante a faculdade, prestou serviços como assessor de imprensa em lugares como a Polícia Rodoviária Federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Neiva Mello Comunicação Empresarial e foi repórter dos jornais Alto Petrópolis e O Sul. Além disso, trabalhou em locadora de vídeo enquanto conciliava os estudos durante a noite.

Quando foi para São Paulo, em 2008, começou a trabalhar em revistas. “Acabei indo parar na Editora Abril, onde fui freelancer de diversas revistas como Você S/A, Exame, Contigo!, Vida Simples, Bons Fluidos, Saúde, Men’s Health e Nova. Foi um período bem massa”, relembra. No entanto, não satisfeito com o jornalismo, De La Rocha resolveu mudar de vida: trocou a profissão que exercia pelas telas cinematográficas. A reviravolta começou quando ele passou a ser repórter da Revista de Cinema e cobriu diversos eventos e festivais pelo país. Sendo assim, realizou curso de pós-graduação em Argumento e Roteiro para TV e Cinema na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), na capital paulista. “Eu já tinha feito diversos cursos de roteiro em São Paulo e queria algo mais forte. Então fui parar na FAAP, a primeira e uma das mais conhecidas faculdades de cinema do Brasil”, declara.

Já com cinema, o produtor de conteúdo é o atual roteirista e editor de texto do programa Planeta Brasil, da Globo Internacional, e faz o curso de Documentary Filmmaking na University of California (UCLA), em Los Angeles. Residindo em San Diego há seis meses, ele também afirma que está empenhado em um projeto pessoal: o documentário Hunting Peace, sobre os refugiados que moram nos Estados Unidos. Sobre o mercado de trabalho, De La Rocha defende que para um produtor de conteúdo, há possibilidades mais amplas: “A gente fica menos limitado que um jornalista”, explica. De todos os projetos realizados, ele comenta sobre a época em que atuou no jornal O Sul. “Fiquei dois anos lá como estagiário do Caderno Reportagem e aprendi muito. Foi nessa época também que eu comecei a assinar minhas primeiras matérias em um grande jornal”.

Sobre a Famecos, o roteirista relata as etapas vividas na Universidade. Ele comenta sobre a Instituição ter influenciado não só o seu lado pessoal, mas também o profissional e sobre ter sido período marcante da sua história. “Representa tudo. Moldou bastante o homem que me tornei. Tenho bons amigos da faculdade até hoje”, conta. O jornalista define o momento de sua formatura como “mágico e intenso”. Após quatro anos frequentando a Famecos, De La Rocha concluiu seu curso no segundo semestre de 2006. “Parece que a gente entra em uma cápsula do tempo, quando começa a formatura, e sai da cápsula quando ela acaba”, destaca. Além disso, ele diz que foi muito útil o que aprendeu no prédio 7, principalmente a escrita. Para os atuais estudantes de comunicação, ele aconselha que aproveitem ao máximo tudo que envolve a fase universitária, já que a faculdade não é um lugar apenas de aulas e de provas. “Façam o maior número de estágios possíveis, prestem atenção nas aulas dos professores e troquem o maior número de experiências. Vão para o bar conversar, façam festas, churrascos, namorem. Isso tudo é a faculdade!”, conclui.

*Marilia Oliveira e Victor Eduardo Siviero Alves. Integrantes do projeto ‘Correspondente Universitário‘ do Portal Comunique-se e estudantes de jornalismo na Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUC-RS).

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