Portal Comunique-se

A literatura brasileira inibe o desenvolvimento cultural

Para o autor de “A Razão Filosófica”, a literatura brasileira não contribui para o desenvolvimento cultural, mas tolhe esse desenvolvimento, por ser uma literatura de assimilação de ideias e não de produção de ideias.

Compartilhe
nutra brasil - topo mega banner

Rio de Janeiro-RJ 13/7/2016 – Quando falamos de literatura, do conteúdo intelectual e de conhecimento que permeia essa arte, não podemos nos permitir distanciar o exame entre contexto literário e contexto educacional

Segundo Frederico Rochaferreira, o brasileiro lê pouco e quando lê, lê muito mal, poucos são os que passam da prosa literária, onde está inserido o conto, a novela e a poesia, porque este é o gênero que predomina no país e uma sociedade que vive lendo, vendo e ouvindo contos da carochinha, estará seguramente, sempre muito distante dos países socialmente desenvolvidos, por isso, afirma; “que a literatura brasileira não desenvolve a capacidade intelectual de seus leitores, pelo contrário, tolhe o raciocínio, na medida em que não incentiva a produção de ideias, mas sim a assimilação de ideias”.

Na visão do autor de “A Razão Filósofica”, esse não é um mal atual, é um hábito fortemente estabelecido no Brasil e que remonta às escolas jesuítas, do período colonial, escolas estas, cuja missão foi estabelecer o projeto educacional da colônia e por ser de cunho estritamente religioso, a metodologia empregada não era outra, senão a de assimilação de ideias, assim como ocorre entre o padre ou o pastor e os seus fiéis, o que significa, uma pá de cal na busca pelo conhecimento e consequentemente, pelo desenvolvimento social.

Ainda segundo Frederico, o fato, é que o tempo passou e a sociedade brasileira nunca se libertou das algemas religiosas e da letargia intelectual. As escolas sempre seguiram o antigo protocolo, independente da metodologia de ensino, por isso, os educadores, que buscam compreender o fracasso do sistema educacional nos dias de hoje considerando somente elementos da contemporaneidade, estarão fadados ao fracasso, porque a falência do sistema de ensino no Brasil, não está no método, está no homem, nos professores que um dia, foram alunos, cujos professores lhes ensinaram exatamente o que hoje eles ensinam aos seus alunos: Assimilar ideias.

É Isso que as escolas brasileiras sempre fizeram; ensinar e incentivar os estudantes a assimilarem ideias, a memorizarem conteúdos para passar nas provas e não ensiná-los de fato a entender as questões, ensinar a pensar, a compreender conteúdos. Essa é uma tragédia cultural que percorre todos os ciclos do ensino, desde a educação infantil até as Universidades e que se retroalimenta na adaptabilidade social.

Assim, entende o autor, que, quando falamos de literatura, do conteúdo intelectual e de conhecimento que permeia essa arte, não podemos nos permitir distanciar o exame entre contexto literário e contexto educacional, que é o formador de autores e leitores e admitir que, há uma perfeita harmonia entre ambos, uma lamentável harmonia de regurgitar de ideias alheias e de estase cultural.

Frederico Rochaferreira é autor de “A Razão filosófica” e “A ética dos Miseráveis”. É especialista em Reabilitação pelo Hospital Albert Einstein e membro da Oxford Philosophical Society.

Website: http://www.sitefilosofico.com

Compartilhe

DINO Agência de Notícias Corporativas

Agência de notícias corporativas. Conteúdos publicados em rede de parceiros online. Na lista de parceiros estão grandes portais, como os casos do Terra, do Metrópoles e do iG. Agência Estado e Agência O Globo também fazem parte desse time, assim como mais de uma centena de sites e blogs espalhados país afora.

nutra brasil - topo mega banner