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É possível identificar a origem do mau hálito por meio de uma técnica simples, desenvolvida por dentista brasileiro

São Paulo / SP 25/8/2021 – As possibilidades de diagnóstico são identificar uma halitose de origem bucal, nasal ou sistêmica (de dentro do organismo), ou 2 causas ocorrendo ao mesmo tempo

Em pacientes com queixa de mau hálito, por meio da checagem do ar expirado pela boca e do ar expirado pelo nariz, dependendo dos resultados é possível deduzir a origem da halitose com uma margem de erro ínfima. Essa técnica deve ser usada como rotina por profissionais que tratam as alterações do hálito, permitido evitar tratamentos desnecessários, como endoscopias ou cirurgias otorrinolaringológicas.

De acordo com um estudo de 2018 (Silva et al.), a média de casos de mau hálito estimada no mundo foi de 31,8%. Porém, segundo o Dentista Maurício Conceição, pós-graduado em halitose (especialização) e mestre em Psicologia, “se a esse número forem somadas as pessoas que não têm halitose, mas são convictas em ter o problema, chega a 45% da população a porcentagem de pacientes que necessitam tratar o seu hálito ou a sua insegurança em relação a ter mau hálito”, de acordo com sua pesquisa recém-publicada.

O grande desafio nesses casos é fazer um diagnóstico correto da presença da halitose e também de sua origem. A novidade é que é possível saber a origem de alteração do hálito, mediante um teste simples, por meio de uma técnica diagnóstica desenvolvida pelo Dr. Maurício Conceição, que há 25 anos atua no tratamento do mau hálito, na Clínica Halitus, em São Paulo.

“Após 13 anos atendendo pacientes com queixa de halitose e adotando a prática destes checarem o odor de seu hálito tratado em casa, com alguém de sua confiança, no intuito de auxiliá-los a recuperarem sua segurança, espontaneidade e autoestima, em 2011 percebi que a checagem do ar expirado pela boca e pelo nariz poderia servir de um instrumento de diagnóstico clínico importantíssimo”, revela o Dr. Maurício.

“Este diagnóstico poderá servir tanto aos profissionais que tratam as alterações do hálito como também aos pacientes, que com está técnica poderão saber, em caso de alteração do hálito, sua origem e que atitude tomar, baseado nesta informação”, complementa o especialista.

TESTE ORGANOLÉPTICO

O teste do hálito utilizando o olfato humano é chamado teste organoléptico e é considerado o padrão ouro clinicamente para a detecção das alterações do hálito (Greenman et al., 2014). É possível avaliar a origem da halitose por meio dos testes organolépticos bucal e nasal, e pela comparação do ar exalado pela boca e nariz, é possível diagnosticar se o mau hálito é de origem bucal, nasal ou extrabucal, com uma margem de erro mínima, evitando assim erros de diagnóstico e tratamentos desnecessários.

Com relação aos tratamentos desnecessários, um estudo de Seemann et al., 2006, com 407 pacientes, dos 118 pacientes que não apresentavam mau hálito, 36% realizaram endoscopia, 14% cirurgias otorrinolaringológicas e apenas 10 pacientes tiveram o hálito checado pelos profissionais. Se os profissionais tivessem usado exames organolépticos bucal e nasal para diagnosticar a origem da halitose, de acordo com a técnica diagnóstica a ser apresentada, a porcentagem de pacientes com tratamento excessivo poderia ter sido bem menor.

HISTÓRICO

Não há trabalhos publicados que utilizem ou descrevam em detalhes uma técnica diagnóstica quanto à origem da halitose por meio dos testes organolépticos bucal e nasal; na verdade, essa técnica foi discretamente mencionada em apenas quatro publicações, limitada a cerca de um parágrafo cada (Grapp, 1933, Durham et al., 1993, Rosenberg, 1996 e Tangerman et al., 2010).

A técnica diagnóstica foi apresentada originalmente pelo Dr. Maurício na Nona Conferência Internacional de Halitose da ISBOR (International Society for Breath Odor Research), realizada em Salvador, Bahia, em maio de 2011. Posteriormente a técnica foi publicada com mais detalhes no capítulo 10 do livro do Dr. Maurício, Bom hálito e segurança, metas essenciais no tratamento da halitose (em português e espanhol). E finalmente, em 2020, durante a pandemia, o Dr. Maurício e equipe publicaram a técnica em inglês, contendo atualizações e também diretrizes de segurança para fazer o teste organoléptico com relação à COVID-19 (Diagnostic technique for assessing halitosis origin using oral and nasal organoleptic tests, including safety measures post covid-19).

TÉCNICA DIAGNÓSTICA DA ORIGEM DAS HALITOSES

Esta técnica clínica diagnóstica denominada HALITUS (halitus = ar expirado), permite o diagnóstico da origem do odor alterado da respiração, por meio do teste organoléptico, realizado com pacientes na prática clínica diária, ou mesmo em casa, pelos pacientes, para monitorar seu hálito tratado com alguém de confiança. É possível identificar uma halitose de origem bucal, nasal ou sistêmica (de dentro do organismo), ou 2 causas ocorrendo ao mesmo tempo, além de algumas exceções.

A classificação da halitose relacionada à sua origem pode ser dividida em halitose bucal e halitose extrabucal. A halitose bucal é originada na boca e a halitose extrabucal, fora da cavidade bucal. Esta pode ser subdividida em halitose extrabucal originada por via sanguínea, relativamente comum, e halitose extrabucal não originada no sangue, que pode ter origem nas vias aéreas e em doenças do aparelho digestivo, ambas muito raras.

Origem da halitose por meio dos testes organolépticos bucal e nasal (Conceição et al., 2020):

  • Halitose bucal: ar expirado pela boca apresenta-se alterado e pelo nariz normal. Corresponde de 92,7 a 96,2% dos casos.
  • Halitose nasal: o ar bucal apresenta-se normal e o ar nasal alterado; corresponde à halitose extrabucal não originada no sangue, com origem em problemas localizados acima da garganta, na nasofaringe, cavidade nasal, seios paranasais e adjacências. Corresponde 0,075% dos casos.
  • Halitose sistêmica: tanto o ar expirado pela boca como pelo nariz apresentam-se alterados, com o mesmo odor. É chamada sistêmica por vir de “dentro” do organismo. Corresponde à halitose extrabucal originada no sangue, proveniente de partículas odoríferas (com odor) em circulação no sangue (decorrentes de processos metabólicos, fisiológicos e patológicos), que são eliminadas por via pulmonar. Corresponde de 3,8 a 7,3% dos casos.
  • Exceções à halitose sistêmica: correspondem à halitose extrabucal não originada no sangue (exceto as causas nasais) e são causas raras, originadas no sistema digestivo ou no trato respiratório inferior. Embora o ar bucal e nasal também se apresentem alterados, com o mesmo odor, não há partículas odoríferas vindas do sangue e eliminadas por via pulmonar.

Finalmente, existe a possibilidade de duas origens das halitoses acima ocorrendo ao mesmo tempo, mas são consideradas bem raras.

Para saber como fazer o teste organoléptico bucal e nasal de uma forma mais segura em relação à COVID-19, basta acessar e seguir as instruções do site www.testeoseuhalito.com.br.

Website: https://www.testeoseuhalito.com.br

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DINO Agência de Notícias Corporativas

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