Portal Comunique-se

Atividade humana aqueceu significativamente a Terra, informa relatório de organização internacional

Vários futuros climáticos ainda são possíveis. É tarde demais para reverter os danos causados ao clima do planeta Terra, mas não é tarde demais para mudar de curso imediatamente para evitar que as coisas piorem muito, afirma Daniel Maximilian Da Costa, presidente do Latin American Quality Institute

Compartilhe
nutra brasil - topo mega banner

São Paulo 11/8/2021 – O relatório não prevê o futuro, no entanto sua descoberta mais importante é que existem vários futuros climáticos possíveis.

Vários futuros climáticos ainda são possíveis. É tarde demais para reverter os danos causados ao clima do planeta Terra, mas não é tarde demais para mudar de curso imediatamente para evitar que as coisas piorem muito, afirma Daniel Maximilian Da Costa, presidente do Latin American Quality Institute

Este é o consenso científico apresentado ontem, através de um relatório, aos líderes mundiais pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC por suas siglas em inglês). É a síntese mais completa da ciência do clima disponível, com base em uma revisão de milhares de trabalhos de pesquisa que avaliam como a combustão de carvão, petróleo e gás alterou o clima da Terra e, com ele, o destino humano.

O relatório não prevê o futuro, no entanto sua descoberta mais importante é que existem vários futuros climáticos possíveis.

As emissões cumulativas de gases de efeito estufa, lideradas pelos EUA e países da Europa desde o início da era industrial, e mais recentemente pela China, não apenas aqueceram o planeta, mas também o colocaram em rota para piorar muito nos próximos 20 anos, de acordo com o relatório.

O painel conclui que a temperatura média global provavelmente aumentará 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais em 2040, e continuará a aquecer por mais 10 anos. Nesse meio tempo, quase 1 bilhão de pessoas podem enfrentar ondas de calor com risco de vida pelo menos uma vez a cada cinco anos, constata o relatório.

O planeta enfrentará mais ondas recordistas de calor como visto no Canadá em julho e no sul da Europa na semana passada, inundações mais frequentes como as vistas na Bélgica, Alemanha e China e secas mais frequentes como no Brasil, nos Andes e no oeste dos EUA, assim como o aumento do nível do mar que ameaçará as cidades costeiras.

Mas ainda é possível limitar o aquecimento na metade do século e prevenir consequências muito piores, diz o relatório. Os autores do relatório mostram cada cenário como se estivessem segurando um par de binóculos para ver a estrada à frente e os caminhos que se ramificam.

Cabe aos líderes das nações e o setor privado determinar o caminho a seguir. Limitar o aumento da temperatura requer grandes mudanças estruturais na maneira como o mundo produz eletricidade, esfria e aquece edifícios, se movimenta e produz alimentos.

Portanto, a escolha diante desses líderes se resume a esta: eles poderiam seguir políticas que injetem mais gases de efeito estufa na atmosfera e assim aquecer ainda mais o planeta ou podem substituir os combustíveis fósseis por energia limpa e parar de derrubar as florestas como acontece atualmente no Brasil.

Os EUA prometeram reduzir suas emissões em cerca de 40% até 2030, em comparação com os níveis de 1990. A União Europeia têm metas mais ambiciosas de redução de emissões e, ao contrário dos EUA, os países europeus transformaram esses compromissos em lei.

A China, que hoje responde por cerca de 30% das emissões globais dos gases de efeito estufa, disse apenas que suas emissões atingirão um pico antes de 2030. A Índia, que responde por cerca de 6% hoje, disse que aumentaria drasticamente as fontes de energia renováveis, mas nada sobre quando suas emissões começariam a diminuir.

“Este relatório não é a primeira avaliação detalhada dos riscos climáticos. Cientistas ofereceram repetidamente essas informações e muitos políticos e o setor privado os ignoraram repetidamente. A questão agora é se os cidadãos, tendo visto os riscos de perto, forçarão seus líderes a agir”, comenta Daniel Maximilian Da Costa, presidente do Latin American Quality Institute.

O relatório do IPCC deixa claro que o mundo tem conhecimento científico, capacidade tecnológica e financeira para enfrentar as mudanças climáticas. Agora é preciso ter vontade política para iniciar as mudanças sem precedentes que são necessárias para estabilizar a temperatura.

Website: http://www.laqi.org

Compartilhe

DINO Agência de Notícias Corporativas

Agência de notícias corporativas. Conteúdos publicados em rede de parceiros online. Na lista de parceiros estão grandes portais, como os casos do Terra, do Metrópoles e do iG. Agência Estado e Agência O Globo também fazem parte desse time, assim como mais de uma centena de sites e blogs espalhados país afora.

nutra brasil - topo mega banner