São Paulo, SP 3/8/2021 –
Dados da OMS revelam que, atualmente, 759 milhões vivem sem eletricidade
Segundo dados do estudo Tracking SDG 7: The Energy Progress Report (2021) — realizado pela Agência Internacional de Energia (IEA), Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UN DESA), Banco Mundial e Organização Mundial da Saúde (OMS) — atualmente, no mundo, são 759 milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica. A WWF Brasil estima que no país esse número ultrapassa um milhão de indivíduos, sendo que 990.103 destes estão localizadas no território da Amazônia Legal, de acordo com o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA).
Para fazer frente a este enorme problema humanitário, empresas como a Schneider Electric, líder global em transformação digital, gerenciamento e automação de energia, têm criado programas dedicados dentro da estratégia ESG, para endereçar a questão do acesso à energia de forma segura, eficiente, confiável e sustentável. A integralidade destas iniciativas vem com um compromisso público de, até 2025, capacitar na área de energia mais de 1 milhão de pessoas vulneráveis economicamente e socialmente, apoiar 10 mil empreendedores de baixa renda para atuarem neste segmento e prover acesso à energias renováveis para mais de 50 milhões de pessoas globalmente.
No curto prazo o foco para o Brasil é desenvolver parcerias com distribuidores, integradores e instituições de ensino técnico, principalmente nas regiões da Amazônia Legal e do Nordeste, para ajudar a criar mão de obra qualificada e levar produtos de energia solar de qualidade aos mais necessitados.
“A eletricidade sustentável e moderna é essencial para melhorar o padrão de vida e as condições de saúde das pessoas, mas é também um fator chave para promover o desenvolvimento econômico, porque alavanca o acesso à educação, o aumento da produtividade de empreendedores e agricultores e de suas respectivas rendas, contribui com melhorias na saúde e qualidade de vida e realiza a transição para energias renováveis”, afirma João Carlos Salgueiro de Souza, gerente sênior de Sustentabilidade da Schneider para a América do Sul.
Segundo a empresa, de 2009 a 2021, 287.737 pessoas foram capacitadas para atuar na área da energia, mais de 900 empreendedores receberam apoio e mais de 27 milhões de pessoas tiveram acesso à energia nas regiões da África, Oriente Médio, Sudeste Asiático e América do Sul. Os pilares de capacitação, empreendedorismo e produtos e soluções solares acessíveis não são aleatórios.
Para Salgueiro, “não é suficiente levar tecnologia (como um sistema solar) para uma comunidade afastada, pois em pouco tempo ele pode ser negligenciado, danificado e parar de operar. É preciso criar uma cadeia de valor de energia na região que garanta mão de obra qualificada e pessoas que possam oferecer serviços de manutenção e a venda de componentes que devem ser substituídos ao longo do tempo, como os bancos de bateria. Consequentemente, vemos como essencial a introdução de cursos técnicos e de empreendedorismo na área da energia, que sejam capazes de capacitar pessoas da região em cursos de médio a longo prazo. Por isso priorizamos a região norte do país para a estruturação de nossas parcerias educacionais.”
Um exemplo deste tipo de estrutura de implementação foi o projeto Xingu Solar, desenvolvido pelo Instituto Socioambiental, financiado pela Fundação Mott, com participação da Schneider Electric, o Instituto de Energia e Ambiente da USP e o Consulado da Mulher (iniciativa social da Whirpool). O Xingu Solar foi criado com o objetivo de se tornar um modelo na implementação de fontes renováveis de energia para a universalização do acesso à eletricidade. O projeto teve uma ênfase forte em desenvolver estratégias comunitárias em relação ao uso e à administração da oferta de energia. Entre 2017 e 2019, 27 comunidades e povos indígenas receberam sistemas solares com tecnologia Schneider Electric, o que impactou 5.322 indígenas de 16 etnias diferentes.
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