São Paulo, SP 13/10/2021 – Enquanto entre 20% e 25% das pessoas puderam trabalhar em sistema home office, outras tiveram de conviver com uma longa fase de incertezas.
Adriano Filadoro, CEO da Online Data Cloud, revela o tripé tecnológico responsável por manter o mundo em atividade quando nem tudo voltou ao normal neste período pós-pandemia.
A pandemia de Covid-19 exigiu medidas por vezes drásticas para conter a disseminação da doença nos últimos 18 meses – obrigando empresas do mundo todo a adotar um novo modo de fazer as coisas. Para continuar produzindo e atender aos consumidores, muitos negócios tiveram de se reinventar. Enquanto entre 20% e 25% das pessoas puderam trabalhar em sistema home office, outras tiveram de conviver com uma longa fase de incertezas, tentando movimentar a economia do jeito que era possível. Acompanhando o boom dos serviços de delivery que movimentaram vários segmentos da economia, também o delivery de tecnologia aumentou mais do que o previsto e tem sido responsável por adiantar várias tendências que caminhavam a passos lentos.
Dados da 32ª Pesquisa Anual do Uso de Tecnologia da Informação (TI), realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), revelam que o Brasil registra 440 milhões de dispositivos digitais em uso atualmente, entre smartphones, tablets, notebooks e computadores – o que dá em média dois dispositivos por habitante. Somente em termos de computadores (desktops, notebooks e tablets), o país ultrapassou 200 milhões em uso. Ou seja, mesmo numa crise gigante de saúde pública – que interferiu agressivamente na economia global -, os investimentos em TI cresceram mais de 8% no período. Na opinião de Adriano Filadoro, CEO da Online Data Cloud (SP), isso é resultado da transformação digital – que acelerou mais do que se esperava por aqui.
Segundo o executivo, a prontidão digital permitiu que os negócios e a vida continuassem de uma forma diferente, mas muito eficiente. “Criar infraestrutura de apoio a um mundo digitalizado, além de incorporar as tendências que garantem competitividade nos negócios, é essencial para qualquer empresa. O tripé que mantém a vida das pessoas está plenamente assentado em bases tecnológicas. O trabalho deve se tornar o mais digitalizado possível, os estudos a distância ganharam uma relevância sem precedentes e o modo como as pessoas consomem entretenimento passou por profundas transformações – potencializando a versatilidade do streaming e, por sua vez, dos serviços de nuvem”.
Neste novo cenário, na opinião de Filadoro, são três os pilares do mundo digital que estão transformando rapidamente a realidade e sendo alvos de novos investimentos:
1. Virtualização. “O volume de dados transmitidos aumentou muito durante a pandemia, levando as operadoras móveis a fazer com que a infraestrutura de rede seja capaz de suportar esse aumento. Como recursos físicos demandam altos investimentos, a virtualização vem se mostrando uma opção inteligente. A virtualização de RAN (Regional Area Network), por exemplo, vem sendo adotada por muitas operadoras de rede. O ganho de escalabilidade e elasticidade resulta numa rede mais eficiente e econômica. Além disso, a virtualização também pode ser empregada em rede aberta, abrindo caminho para a inovação. Outro ponto importante são os desktops virtuais – que permitem ao colaborador acessar o ambiente da empresa com todas as aplicações existentes. Resultado: é possível trabalhar remotamente como se estivesse na mesa de trabalho da empresa, com todos os dados necessários para dar continuidade às atividades de rotina. Ainda agora, com o fim do isolamento, é prudente deixar desktops em nuvem, para que sejam ativados em situações de emergência”.
2. Compartilhamento de espectro. “Já se sabe que o compartilhamento de infraestrutura será fundamental para o bom desenvolvimento do 5G no país, incluindo postes, torres, dutos, condutos etc. Mas também o espectro deve ser compartilhado, maximizando sua utilização e ainda abrindo oportunidade para novos negócios. Neste mundo pós-pandemia, ainda mais conteúdo será consumido em dispositivos móveis. As videoconferências, por exemplo, caíram rapidamente no gosto das pessoas, principalmente porque eliminam o problema do deslocamento – tão complexo nas grandes cidades. Sendo assim, vão continuar a ser um recurso muito usado em reuniões, aulas online ou vídeos para entretenimento. Para evitar o congestionamento da rede e melhorar a experiência do usuário, as empresas vão aderir a um dos vários tipos de compartilhamento de espectro”.
3. Inteligência Artificial. “A inteligência artificial e o aprendizado de máquina estão desempenhando um papel cada vez maior nas empresas. Quando a comunicação estiver sendo feita com auxílio desses sistemas, fazendo uso de espectro compartilhado, a carga será monitorada continuamente nas várias redes. Dependendo dos dados, do número de usuários e da carga da rede, a inteligência artificial pode contribuir na tomada de decisão quando se tem de escolher parâmetros ideais para fornecer conteúdo. Sendo assim, as redes podem decidir automaticamente mudar a transmissão de um espectro para outro em tempo real, melhorando bastante a experiência do usuário. É fundamental entender que as empresas que conseguem obter novos insights, monitorando o negócio a partir dos dados atuais, otimizando os processos e monetizando o conhecimento adquirido através da análise dos dados estão na vanguarda dos acontecimentos, podendo melhorar a experiência do cliente, agilizar operações e inovar em velocidade máxima”.
Fontes:
Adriano Filadoro, CEO da Online Data Cloud, empresa com 27 anos de atuação na indústria de TI. www.onlinedatacloud.com.br
https://eaesp.fgv.br/sites/eaesp.fgv.br/files/u68/fgvcia2021pesti-relatorio.pdf
Website: http://www.onlinedatacloud.com.br