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Negócio social para logística em favelas atinge a marca de 100 mil entregas

Em apenas seis meses de operação, startup mostra que é possível colocar os CEPs das favelas no mapa do e-commerce brasileiro

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São Paulo, SP 8/9/2021 –

Em apenas seis meses de operação, startup mostra que é possível colocar os CEPs das favelas no mapa do e-commerce brasileiro

Nesta terça-feira, 31 de agosto, a Favela Brasil Xpress chegou à marca de 100 mil pacotes entregues em oito comunidades: Paraisópolis, Heliópolis, Cidade Julia, Capão Redondo, Diadema, Vila Cruzeiro, Rocinha e Betim.

Com cerca de 13 milhões de pessoas morando em favelas, é possível imaginar o número de habitantes com dificuldade para receber correspondências em suas próprias casas. Mas esse obstáculo tem sido superado com a ajuda da Favela Brasil Xpress, uma startup cujo objetivo é proporcionar uma logística participativa, social e inclusiva, oferecendo oportunidades que batem à porta de cada cidadão que vive em comunidades e em áreas de difícil acesso.

O mercado de logística tem crescido no país e nas comunidades não tem sido diferente. Com a chegada da pandemia e o fechamento dos comércios, os moradores de favelas passaram a fazer mais compras pela internet, porém não conseguiam receber os produtos em suas casas. Giva Pereira, morador de Paraisópolis e fundador do Favela Brasil Xpress, enxergou em um problema vivido por ele a oportunidade de mudar essa realidade. Em fevereiro deste ano, o jovem empreendedor criou um sistema de inteligência logística para colocar os CEPs das comunidades no e-commerce brasileiro. Em seis meses de operação, ele firmou parceria com grandes empresas, como Americanas, Dafiti, Total Express e M3 Storage.

De acordo com Giva, o fato de não ser possível receber uma simples correspondência em casa já coloca milhares de pessoas em uma situação de vulnerabilidade, que em tempos de pandemia agrava a situação, visto que a única alternativa para o recebimento e envio de produtos são os serviços de entrega. “Com a criação desse serviço, conseguimos atender um público que antes não era visto”, afirma.

As primeiras entregas eram realizadas por apenas quatro pessoas. Com o crescimento, a iniciativa tem oferecido oportunidade de emprego e, atualmente, conta com mais de 80 operadores e entregadores, gerando impacto estimado em mais de 250 pessoas. Além disso, também tem oferecido capacitação em logística para os profissionais, em parceria com a Americanas, Labora e Emprega Comunidades. “Tivemos um aumento de 700% das entregas realizadas desde o começo da operação, saímos de uma média de 200 pacotes para 1.300 com a abertura das novas bases”, celebra. 

O mercado brasileiro de logística é estimado em US$ 70 bilhões. Desse total o custo relativo ao transporte responde pela maior parcela, variando entre 4% e 25% do faturamento bruto, e em muitos casos, superando o lucro operacional. Os gastos das empresas brasileiras com logística atualmente correspondem a 60% para transporte e 40% para armazenagem, administração de pedidos e estoque. Segundo dados da Associação Brasileira de Logística (Aslog), a categoria já movimenta cerca de 20% do PIB.

O presidente do G10 Favelas, Gilson Rodrigues, afirma que o preconceito de CEP ainda é um problema que dificulta o acesso atendimento de logística ou outros serviços nas comunidades. “Existe um apagão no fornecimento do serviço para as camadas menos favorecidas. Não queremos viver em dois “Brasis”, em que, a depender do seu CEP, você pode ter acesso a tudo, enquanto do outro, você não pode ter acesso a nada, inclusive a receber suas encomendas”, comenta.

A Favela Brasil Xpress é um dos negócios de impacto social que faz parte do G10 Hub — Escritório de Negócios e recebeu microcrédito e mentoria pelo G10 Bank Participações para ser impulsionado.

Website: https://www.favelabrasilexpress.com/

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