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Convulsões noturnas em bebês e em crianças

São Paulo – SP 23/7/2021 – Além de perturbarem o descanso, as convulsões noturnas impactam na concentração, no desempenho escolar e ainda acabam aumentando as chances de mortes súbitas.

O diagnóstico das convulsões noturnas é mais difícil de ser feito, por causa do momento em que ocorre.

Segundo um artigo do Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, de 7,5% a 45% das pessoas que têm epilepsia apresentam as crises convulsivas durante a noite de sono.

Especialistas acreditam que as convulsões noturnas (de crises parciais – apenas em um membro; e generalizadas – quando atingem o corpo todo) aconteçam devido a alterações na atividade elétrica cerebral durante os Estágios 1 e 2 do sono e da vigília, que são os momentos mais leves da noite, ou seja, enquanto o paciente está dormindo ou sonolento.

E além de perturbarem o descanso, elas impactam na concentração, no desempenho escolar e ainda acabam aumentando as chances de mortes súbitas.

Diferença entre convulsão e epilepsia

Antes de tudo, é importante entender o conceito de convulsão e de epilepsia: o primeiro nome é dado quando a pessoa tem uma crise convulsiva durante toda a vida. Mas, quando ela apresenta mais do que esta margem de convulsões, é sinal de epilepsia, mas o quadro só pode ser confirmado após o diagnóstico médico.

Diagnóstico dos quadros infantis

Apesar de as convulsões e da epilepsia serem mais comuns em bebês e nas crianças, do que em outras faixas etárias, o diagnóstico das convulsões noturnas é mais difícil de ser feito, por causa do momento em que ocorre. Sem contar que, após o episódio, os pequenos acabam dormindo e, consequentemente, se esquecendo do que aconteceu.

Outro fator que não facilita é que estas crises podem ser confundidas com a mioclonia benigna do sono neonatal – quando ocorrem espasmos involuntários parecidos com as convulsões e com alguns tipos de distúrbios do sono: ranger de dentes; síndrome da perna inquieta e sonambulismo.

Sintomas de convulsões em bebês e em crianças

Ao acordar, os pequenos podem apresentar sinais de que algo aconteceu durante a noite de sono e que merecem a atenção dos adultos, como:

Cefaleia;
Dor na língua, caso tenha mordido durante a crise;
Fadiga;
Fraqueza;
Lesão nos ossos ou nas articulações;
Suor excessivo (consequentemente, acabam molhando a cama);
Tensão muscular;
Tontura.

Por isso, é importante procurar o neuropediatra ao observar qualquer tipo de indícios diferente do esperado para a idade dele. Além disso, somente um especialista poderá solicitar os exames de imagens necessários e prescrever o tratamento mais adequado para controlar o caso.

Website: https://drapaulagirotto.com.br/

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