São Paulo 29/9/2021 –
A segurança privada corresponde a uma grande fatia do mercado brasileiro e conta com faturamento de mais de R$ 30 bilhões
Para entender melhor a situação da segurança privada no Brasil, é possível se basear em diversos fatores. O primeiro deles é que a área representa um faturamento expressivo, com cerca de R$ 35,7 bilhões movimentados no setor.
O Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicado no segundo semestre de 2021, traz algumas informações sobre o tema. Segundo os dados coletados, o mercado de segurança privada conta com 2.471 empresas do ramo.
Essas empresas são as que estão regulamentadas e são fiscalizadas atualmente, bem como prestam os serviços de segurança privada por meio de contratação. Já as empresas consideradas “orgânicas” (ou seja, que contratam os profissionais de forma direta) compõem 1.154 das organizações.
A quantidade de prestadores de serviços e profissionais contratados varia de acordo com o tipo de empresa. No caso das especializadas, há 502.318 prestadores. Já no caso das empresas orgânicas, têm-se em torno de 23.790 profissionais em atuação.
Esses dados demonstram que as empresas especializadas acabam tendo um porte maior, tendo em média duas centenas de profissionais, enquanto as orgânicas contam com cerca de duas dezenas de profissionais em média.
As empresas, independentemente de sua natureza, possuem um foco maior em vigilância patrimonial. Essa área é a que mais movimenta o faturamento da segurança privada, sendo responsável por 99,1% das atividades das empresas orgânicas, por exemplo.
As empresas especializadas também contam com foco em vigilância patrimonial, mas, em uma segunda parte, também se direcionam para atendimentos de segurança pessoal, escolta, transporte de valores, entre outras atividades.
A segurança privada no Brasil é quase predominantemente uma área de atuação masculina. Do total de vigilantes, 91% são homens e apenas 9% são mulheres. As idades dos profissionais que atuam no ramo variam entre 30 e 49 anos na maioria dos casos.
Para se tornar vigilante, é preciso passar pelo curso preparatório de formação de vigilantes. Esse curso é fiscalizado pela Polícia Federal e atesta a capacidade dos profissionais para atuarem na área. Segundo a Polícia Federal e a Associação Brasileira de Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes (ABCFAV), mais de 900 mil profissionais estão aptos a trabalhar como vigilantes.
Reflexos da pandemia na segurança privada
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2020 foi um ano muito complexo para o setor. O PIB do país caiu 4,1%. Já no setor de serviços, o qual contempla a segurança privada, a queda foi de 4,5%. Porém a grande maioria dos postos de trabalho ainda foram mantidos.
O cenário do ano de 2019 era de 540.738 profissionais nas empresas especializadas e 24.425 nas orgânicas. Já em 2020, esse número passou a ser de 520.179 nas empresas especializadas. Nas empresas orgânicas, o número chegou a aumentar, mostrando a resiliência do mercado de segurança privada, com 25.298 profissionais em atuação no setor.
Por fim, em 2021, as empresas especializadas contam com cerca de 502.318 profissionais, e as orgânicas com 23.790 profissionais em atuação nas empresas de segurança. Esse número é bastante elevado e demonstra que, mesmo com a pandemia, o setor se mostra uma opção sólida de investimento.
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