São Paulo -SP 26/11/2021 – EUA e China, principais emissores de gases de efeito estufa oriundos dos combustíveis fósseis, anunciaram um plano conjunto para reduzir as emissões.
Países poluidores já começaram a se movimentar para limitar o aquecimento global.
Há seis anos, a comunidade internacional se comprometeu a limitar o aquecimento global bem abaixo de 2 °C e o mais próximo possível de 1,5 °C. Desde então, o desafio a todo instante é controlar as secas, incêndios, inundações, ondas de calor e tempestades.
“O mundo já impacta 1,2 °C a mais na vida de milhões de pessoas. O movimento pela justiça climática aponta que os poluidores históricos, responsáveis pela crise do clima necessitam assumir a liderança na ação climática”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
Faltou ambição climática dos países na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDCs, na sigla em inglês) para mostrar metas e planos que vão garantir as reduções das emissões. A avaliação é da gerente para Políticas Públicas e Relações Governamentais da The Nature Conservancy Brasil (TNC), Karen Oliveira, que esteve em Glasgow (UK), participando da Conferência do Clima.
Segundo a executiva, quando se fala em financiamento, é preciso dividi-lo em duas partes: os que são vinculantes, estabelecidos dentro do acordo de Paris; e os que são compromissos entre países sinalizados por meio de acordos bilaterais ou multilaterais.
Karen Oliveira também explicou que para manter o aquecimento global em até 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais, os 100 bilhões de dólares anunciados não são suficientes. Segundo ela, “a conta é muito maior e envolve outras questões além das financeiras. É uma soma dos vários artigos previstos no Acordo de Paris, que dizem respeito, por exemplo, a métricas, governança, transparência e regras e diretrizes bem estabelecidas. Ainda há um desafio muito grande a ser vencido”.
“Quando a cúpula climática se aproximava do final, a Sala Plenária da COP26 “Pen Y Fan” ficou lotada pelos constituintes da ONU que representam grupos da sociedade civil e movimentos de justiça climática de todo mundo para se manterem firmes sobre o resultado justo, urgente e necessária da COP26″, relata Vininha F. Carvalho.
Se as ações contra as mudanças climáticas não forem adaptadas por governos e empresas para incluir mais mulheres, a igualdade de gênero plena só deve ser alcançada daqui a 155 anos, 20 a mais do que a previsão inicial de 135 anos do Fórum Econômico Mundial. A conclusão é de um estudo recente do Boston Consulting Group (BCG), que diz que mulheres são mais vulneráveis às consequências diretas e indiretas do aquecimento global do que os homens.
Alguns países já começaram a se movimentar para limitar o aquecimento global, Estados Unidos e China, principais emissores de gases de efeito estufa (GEE) oriundos dos combustíveis fósseis, anunciaram um plano conjunto para reduzir essas emissões. “Entre as ações estão o compromisso de não importar produtos que contribuam com o desmatamento e alcançar 100% de eletricidade livre de carbono até 2035”, finaliza Vininha F. Carvalho.
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