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Dia Mundial do Alzheimer: novo medicamento traz avanço para tratamento da doença

Estudos mostram redução estimada entre 20% e 30% no declínio cognitivo em pacientes

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Niterói – RJ 20/9/2021 –

Estudos mostram redução estimada entre 20% e 30% no declínio cognitivo em pacientes

Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Alzheimer é o motivador de 70% dos casos de demência no mundo e, até 2050, a previsão é que os casos tripliquem no Brasil. A condição ainda não tem cura, mas um novo medicamento, aprovado recentemente nos Estados Unidos, trouxe avanço para o tratamento. A Food and Drug Administration (FDA), pela primeira vez em 18 anos, aprovou o medicamento Aducanumabe para a terapêutica do Alzheimer, segundo o dr. Marcus Tulius, neurologista e pesquisador do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN).

“A nova droga é destinada ao tratamento da doença em fase de comprometimento cognitivo e demência leves. O fármaco é um anticorpo humano cujo alvo de ação é impedir a presença da proteína beta-amiloide no cérebro.”

De acordo com os estudos divulgados, o uso do Aducanumab em pacientes com diagnóstico firmado de Alzheimer levou a uma redução estimada entre 20% e 30% do declínio cognitivo imposto pela doença, que foi mensurado por meio de exames de neuroimagem e testes de avaliação específicos, complementa Marcus Tulis. No Brasil, a medicação ainda não está aprovada para uso, devendo passar por rigorosa avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Sobre a eficácia do medicamento, o neurologista ressalta alguns pontos: “Os estudos mostraram que o tratamento parece retardar a progressão da doença, mas sem efeito curativo da condição; o fármaco foi testado nas fases prodrômicas, ou seja, com comprometimento cognitivo e demência leves, e em pessoas com confirmação diagnóstica fisiopatológica feita por meio de biomarcadores, o que significa um pequeno percentual de pacientes. Mesmo com o avanço das pesquisas, hoje ainda não há um biomarcador confiável que possa detectar precocemente os pacientes que possuem facilidade em desenvolver a doença no futuro.

Marcus Tulius explica que, mesmo que não haja cura, é sabido que o sedentarismo, o diabetes e a hipertensão não controlados, a depressão, a apneia obstrutiva do sono e a inatividade intelectual são fatores de risco para o Alzheimer. “Por isso, é importante criar uma rotina com novas habilidades para treinar o cérebro, cultivar o hábito da leitura, manter uma dieta saudável, não fumar, praticar exercícios físicos e controlar a pressão arterial, pequenas atitudes que podem ajudar no atraso da doença e reduzir as chances de desenvolvimento de demência”, finaliza o neurologista.

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