São Paulo -SP 7/12/2021 – Empresas esperam acelerar suas atividades de sustentabilidade em 2022.
O país poderá ter um papel importante na transição energética global para carbono zero.
Na 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada entre 31 de outubro e 12 de novembro em Glasgow, no Reino Unido o debate visou fortalecer as ações para fomentar a transformação rumo à economia de baixo carbono e alcançar o objetivo lançado no Acordo de Paris, de 2015.
“O Brasil precisa acelerar suas políticas de gestão das emissões. O envolvimento maior da sociedade será fundamental para impulsionar as discussões e para que o País retome o protagonismo nesse tema fundamental para a humanidade”, salienta Vininha F. Carvalho, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT como representante oficial no Brasil da Organização Internacional de Normalização, em inglês, International Organization for Standardization (ISO), tem promovido inúmeras ações para ampliar a participação na normalização internacional em questões voltadas ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Há mais de cinco anos, a entidade vem empenhando esforços significativos relacionados à conservação florestal, economia circular, precificação do carbono e outros importantes temas que foram abordados durante a COP 26.
Pesquisa realizada junto a mais de 850 especialistas em transformação digital e executivos C-Level revela que nove em cada dez empresas esperam acelerar suas atividades de sustentabilidade em 2022, conforme as empresas reconhecem seu papel no combate às mudanças climáticas. Os dados da pesquisa encomendada pela AVEVA mostram ainda que quatro em cada cinco indústrias líderes em seus respectivos setores querem aumentar seus investimentos digitais para impulsionar modelos de negócios sustentáveis, o que demonstra o enorme potencial de tecnologias avançadas, como dados inteligentes, inteligência artificial (IA) e computação em nuvem para permitir operações industriais de baixo carbono e emissão líquida zero, explica Lisa Johnston, Chief Sustainability Office (CSO) da AVEVA.
Para alcançar as metas de neutralizar as emissões de gases que provocam o efeito estufa no mundo será necessário investir globalmente pelo menos US$ 500 bilhões até 2030 em tecnologias de descarbonização. Os valores são dez vezes superiores aos US$ 16 bilhões que já foram aportados mundialmente de 2016 a 2020. Os investimentos estimados para até o fim desta década precisam ser direcionados para descobertas tecnológicas de descarbonização que incluem captura, armazenamento e utilização de carbono (CCUS) e geração de energia limpa com hidrogênio, bioenergia, combustíveis sustentáveis para aviação (SAF) e amônia verde, por exemplo, segundo relatório Financing the Transition to a Net-Zero Future produzido pela consultoria Oliver Wyman em parceria com o Fórum Econômico Mundial (WEF).
“Os indicadores do documento são resultados de entrevistas e análises com mais de 50 instituições financeiras, incluindo bancos, seguradoras, gestores de ativos e instituições públicas interessadas em políticas e soluções conjuntas necessárias para mobilizar o setor de capital privado”, relata Vininha F. Carvalho.
“De acordo com o documento publicado pelo [Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável] Cebds, o Brasil tem um enorme potencial de venda de créditos de carbono, podendo gerar receitas líquidas de US$ 16 bilhões a US$ 72 bilhões, até 2030. O mercado de carbono, além de permitir a contenção de danos causados ao meio ambiente, traz mais agilidade e capacidade de adaptação às diferentes realidades de mercado em comparação com as amarras do código tributário, criando oportunidades de comércio sustentável entre agentes econômicos e fortalecendo a governança climática com participação do setor privado”, explica o cientista político e diretor-executivo do Livres, Magno Karl.
“O Livres é um movimento liberal suprapartidário que promove engajamento cívico e desenvolvimento de lideranças, projetos de impacto social e propostas de políticas públicas para aumentar a liberdade individual no Brasil”, finaliza Vininha F. Carvalho.
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