SÃO PAULO 21/10/2021 – Estresse no trabalho e conflitos interpessoais impactam diretamente a saúde e o resultado das organizações
Segundo uma pesquisa realizada pela FGV o sentimento de raiva aumentou 4,2 a mais no Brasil do que restante do mundo.
A FGV Social (Fundação Getulio Vargas) lançou uma pesquisa sobre Bem-Estar Social antes e durante a pandemia e seus determinantes. O forte aumento da desigualdade trabalhista ao longo da década, nos 4 anos que se seguiram a grande recessão brasileira de 2015 seguida de lenta retomada, a desigualdade teve um salto de 0.3 centésimos acrescidos de mais 0.3 durante a pandemia, o que se constitui um grande salto, terminando o primeiro trimestre de 2021 com o maior índice de desigualdade trabalhista da série histórica.
Com esta pesquisa indo a medidas subjetivas de bem-estar, resultado de respostas diretas das pessoas sobre suas vidas com uma nota de avaliação numa escala de 0 a 10, o Brasil tem uma queda de 0,4 pontos desde o início da pandemia, chegando a 6,1 o menor ponto desde 2006.
Felicidade é uma palavra que se origina do termo grego: “phyo”, que tem como significado “produzir”, de acordo com o dicionário etimológico de 2015. O seu conceito tem sido tema de estudos do campo da filosofia, durante décadas, e, atualmente, é debatido por estudiosos e especialistas das áreas de recursos humanos e de neurociência em relação ao seu impacto direto no profissional inserido no mercado de trabalho.
A ausência de felicidade no trabalho e o acúmulo de estresse, são fatores, que podem causar a Síndrome de Burnout – oficializada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença crônica, deve entrar em vigor em 2022. A síndrome causa sensação de esgotamento e reduz a eficácia profissional.
A infelicidade impacta diretamente o mercado de trabalho. Neiva Gonçalves, Diretora de Carreira da Success People, empresa de desenvolvimento pessoal, comenta que a relação entre felicidade e trabalho impacta diretamente a organização: “Estresse no trabalho, o que inclui absenteísmo, presenteísmo (estar na empresa com a cabeça em outro lugar), desmotivação, doenças, afastamentos, acidentes e conflitos interpessoais impactam diretamente a saúde e o resultado das organizações. Muitas vezes a queda de produtividade e de lucratividade está diretamente relacionada ao Bem-Estar do funcionário e as organizações não se comprometem em promover ações para produzir felicidade em seu grupo, gerando insegurança, negativismo e desânimo dentro da corporação”.
Ainda segundo a pesquisa realizada pela FGV, entre as emoções sentidas em quantidades relevantes, sobe de 19% em 2019 para 24% em 2020, a sensação de raiva. Uma mudança de 5 pontos de porcentagem. No mundo este avanço foi de 0,8% pontos percentuais. Ou seja, a raiva aumentou 4,2 pontos percentuais a mais no Brasil, durante a pandemia, que no resto do mundo. Acompanhada por preocupação, stress e tristeza que subiram respectivamente 3,6, 2,9 e 2,2 pontos percentuais a mais no Brasil do que nos outros países.
Luciano Mello, Presidente da Neuro Success — empresa de desenvolvimento de felicidade corporativa — afirma que as mudanças alteram percepções: “Gestão de tempo para aferição de felicidade pode mudar o cenário de uma organização. A felicidade e o bem-estar social são fatores que interferem na felicidade no trabalho e está associada diretamente a produtividade. A remuneração não é nem de longe o fator primordial para a felicidade de um profissional. Propósito de vida, planejamento de carreira dentro da empresa e a implementação de técnicas metodológicas de motivação, podem ajudar e muita a saúde financeira e a sustentabilidade de um negócio”.
Website: http://www.neurosuccess.com.br
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