São Paulo, SP 9/7/2021 –
Com o advento da pandemia, o consumidor passou a ficar mais tempo em isolamento social, o que acarretou na recorrência do delivery.
O mundo passou por transformações desde março de 2020, quando a pandemia foi declarada. Diversos setores, dentre eles o alimentício, sofreram as consequências impostas pelo isolamento social. Desse modo, houve a necessidade de inovar para sobreviver.
Com os constantes fechamentos decretados pelo governo, estabelecimentos e negócios tiveram com perdas de faturamento ou até mesmo faliram. O delivery, então, se apresentou como a oportunidade de manter as atividades com segurança. A principal solução adotada por restaurantes, padarias e lojas em geral foi o uso de aplicativos para atender às demandas dos seus clientes.
Dentro desse universo, um dos setores que mais sofreram foi o de bares e restaurantes. Em São Paulo, por exemplo, esse setor está entre as principais opções de diversão, principalmente no período noturno, com vasta diversidade. Porém, os empreendedores viram o faturamento cair após os decretos de isolamento social.
Segundo dados de recente pesquisa da Associação Brasileira de Bares Restaurantes (Abrasel), o setor sofreu retração de 25% em 2020, devido aos fechamentos. Além disso, cerca de 300 mil empresas fecharam e mais de 1 milhão de empregos foram perdidos, algo que poderia ter um impacto maior sem a presença da tecnologia para manter o contato entre consumidor e estabelecimento.
O delivery, antes mesmo da internet, já era realidade para pessoas, porém tinha restrições a pizzarias, por exmplo. Com o avanço da tecnologia, novos aplicativos surgiram para trabalhar com entregas de produtos, gerais ou de nicho. O brasileiro, com o auxílio do smartphone, aderiu aos aplicativos de entrega de uma forma mais dinâmica do que os estabelecimentos os buscaram.
Um estudo realizado pela Mobilis mostrou que os gastos com aplicativos de entregas, em especial para comidas prontas, cresceram 149% durante a pandemia. O crescimento de uso desses aplicativos cresceu em média 152% no mesmo período. Esse movimento de pedir produtos em casa, com facilidade e comodidade, trouxe uma nova dinâmica no cotidiano, houve transição das compras de mercado por delivery, tanto como forma de facilitar o dia a dia, quanto como forma de prevenção.
Diversas estratégias foram desenvolvidas pelo setor. Os aplicativos fecharam parcerias com marcas para oferecer descontos e estimular o uso dos mesmos. Os estabelecimentos, por sua vez, criaram campanhas, principalmente em redes sociais e sites, para se mostrar presentes nos aplicativos de entrega. Esse movimento de ambos os lados, que inclui supermercados, criou um hábito nas pessoas de pedir qualquer coisa com o smartphone, o que impulsionou o setor de aplicativos de delivery no Brasil, que já estava passando por uma fase de crescimento exponencial.
* Jéssica Gordon é fundadora e CEO do Bebida na Porta, startup de venda de bebidas – e-mail: bebidanaporta@nbpress.com
Website: https://www.bebidanaporta.com/
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