Porto Alegre, RS 13/7/2021 –
As transformações tecnológicas, impulsionadas pela pandemia, chegam ao ramo de imóveis e fazem o setor se reinventar.
O processo de consumo sofreu grandes alterações desde o início da pandemia. Com as restrições de deslocamento, as pessoas começaram a permanecer mais tempo dentro das suas casas, adaptando-se a uma nova rotina.
Em um estudo realizado pelas empresas All iN e Social Miner, o consumo online cresceu exponencialmente a partir de março de 2020. E dentre os diversos setores pesquisados, a busca pela categoria Casa e Construção aumentou em 16 vezes no varejo online no mês de outubro de 2020.
Tecnologia e mercado imobiliário
Assim como as mudanças ocorridas na forma como as pessoas consomem, também foi possível verificar grandes transformações no contexto dos negócios. As empresas precisaram se reinventar e buscar novas soluções.
De acordo com dados da Radar Agtech Brasil 2020-2021, mais de uma startup surgiu por dia no país, o que demonstra uma grande demanda por tecnologia e inovação em diversos setores, como os mercados imobiliário e da construção civil.
Assim como outras “techs” – fintech, greentch, infratech – que surgiram nos últimos anos, as proptechs e as construtechs chegaram para tornar o mercado de imóveis mais eficiente, competente, ágil e, principalmente, barato.
As proptechs são as startups do mercado imobiliário que utilizam novas tecnologias na oferta de produtos e serviços inovadores. Já as construtechs são as startups que objetivam soluções e inovações para a modernização da construção civil.
O Distrito Proptech Report Brasil 2020 mapeou 343 Proptechs e um total de venture capital de mais de US$ 800 milhões. Além disso, o estudo aponta que, nos últimos 4 anos, surgiram mais Proptechs do que nos últimos 20 anos, como, por exemplo, a Terracotta Ventures, que só em 2021 já levantou mais de R$ 100 milhões em investimentos para startups do setor da construção civil.
Em seu site, a Terracotta disponibiliza, de forma gratuita, o Mapa das construtechs e proptechs do Brasil em 2021, sendo que o objetivo deste material é dar visibilidade para as startups brasileiras que atuam nestes segmentos.
Uma nova forma de adquirir um imóvel
Dentre as startups contempladas no mapa desenvolvido pela Terracotta Venture está a NetHomes, primeiro marketplace imobiliário do Brasil. De origem gaúcha, a startup atua no mercado de imóveis tanto do Rio Grande do Sul, como em Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
Fundada em 2020 pelos sócios Luís Henrique Stédile e Renildes Snak, a NetHomes conecta compradores e construtoras por meio de sua plataforma online, diretamente em seu site. “Essa conexão direta entre as partes interessadas no negócio faz com que boa parte do valor que seria destinado ao pagamento de comissão seja revertido em desconto, aumentando, assim, o poder de compra do cliente”, afirma Renildes Snak.
Tal qual uma imobiliária, porém sem a intermediação do corretor, a NetHomes tem o objetivo de proporcionar o encontro do comprador com o imóvel de uma maneira mais rápida. Essa interação direta e 100% digital faz com que o processo tenha maior qualidade, já que pode eliminar os ruídos de comunicação comuns quando há um intermediário.
Para os sócios Renildes e Luís Henrique a expectativa é de crescimento, tanto do setor quanto da própria empresa, já que neste cenário de pandemia as pessoas têm buscado por espaços que lhe deem maior qualidade de vida.
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