São Paulo, SP 9/8/2021 –
Empresas com o selo ESG superaram a média de mercado e suas ações rentabilizaram 3 pontos percentuais a cada ano desde 2014
Estudo feito pelo Bank of America, em 2020, a partir de entrevistas com 14.500 pessoas da geração Z (nascidos entre 1996 e 2016), vivendo em 10 países, aponta que 80% desse público prefere investir e comprar de empresas alinhadas com as métricas ESG (Environment, Social and Governance, ambiente, social e governança).“A pandemia mostrou que todos – pessoas, empresas, países – dependem uns dos outros para seguir vivos. Essa verdade está acelerando a disseminação dos conceitos e métricas do modelo ESG entre empresas de todas as verticais e regiões. Para estar em conformidade com o ESG, a empresa precisa entrar num ciclo de melhoria contínua. Torna-se essencial rever seu próprio DNA, analisar como a companhia se posiciona em relação à sociedade e ao planeta e, a partir daí, tornar-se mais transparente para o mercado”, explica Luis Arís, gerente de desenvolvimento de negócios da Paessler LATAM.
Para o executivo, os ganhos para quem aderiu ao ESG são concretos. Relatório divulgado pela Merryll Lynch Global Research, em setembro de 2019, mostra que a rentabilidade das ações de empresas com o selo ESG superou a média de mercado em 3 pontos percentuais a cada ano entre 2014 e 2019. “A empresa que busca alinhar-se às melhores práticas ESG tem de gerar relatórios sobre essa jornada, estudos que partem de um imenso e variado data lake para construir análises precisas o grau de maturidade da organização”, afirma Arís. “Isso explica o estudo da S&P 500, divulgado em julho de 2020, apontando que 90% das 500 maiores empresas dos EUA tenham publicado em 2019, relatórios sobre suas políticas ESG.
De acordo com o porta-voz da Paessler, empresa especializada em monitoração de redes, que possui em sua carteira de clientes, mais de 300 mil gestores de TI em mais de 170 países que usam sua plataforma para monitorar os sistemas e dispositivos críticos utilizados em seus ambientes de negócios e infraestrutura de rede, é impossível coletar dados sobre aspectos tão diferentes da vida da empresa sem o uso da tecnologia. Para ele, os times de TI são estratégicos para o alinhamento às métricas ESG. “São esses profissionais que, a partir de uma visão holística, estão monitorando de forma digital latas de lixo, impressoras, UPS, elevadores, sistemas de ar-condicionado, chãos de fábricas, aplicações de negócios e processos de trabalho para medir o quanto e quando esses e muitos outros elementos estão contribuindo, ou não, para o alinhamento da organização às métricas ESG”, garante Arís.
O gerente da Paessler Latam, conta que os principais relatórios ESG medem a Sustentabilidade: nível de emissões de carbono, ações da empresa para preservar a qualidade do ar e da água, programas de reciclagem de lixo etc. O Social: adesão a programas de diversidade, satisfação do cliente e dos colaboradores, proteção de direitos humanos, respeito à legislação trabalhista; e a Governança: a heterogeneidade do conselho da empresa e dos comitês de auditoria, problemas de corrupção ou suborno, políticas de pagamento aos executivos. Para o executivo outro dado que mostra a importâncias das empresas aderirem ao modelo ESG é o que é apresentado na pesquisa da consultoria State Street Global Advisors, realizada em 2018, a partir de entrevistas com 475 grandes empresas de investimento de todo o mundo mostra que 80% desse universo prioriza empresas alinhadas às normas ESG. Entre jovens investidores e consumidores, a bandeira ESG é algo intrínseco à sua identidade. “Nesse contexto, é essencial usar plataformas de monitoração para, a partir da coleta de dados feita por sensores, gerar dashboards e relatórios sob medida para os casos de uso acima e muito mais. Há empresas que já estão colhendo os resultados dessa estratégia”, conclui Luis Arís.