São Paulo 16/8/2021 – “Estamos investindo R$ 100 milhões em uma nova fábrica, que está sendo construída junto à planta atual em São Paulo (SP)”, afirma Felipe Leonard, CEO da S.I.N.
Com o isolamento social, a população conseguiu poupar mais e destinar recursos para repor os dentes perdidos. A demanda estava represada há tempos, já que 39 milhões de brasileiros necessitam do tratamento
O segmento de implantes dentários vivencia um crescimento histórico. O boom é explicado, em grande parte, pelo maior estresse e ansiedade causados pelo novo coronavírus que, praticamente, dobrou os casos de bruxismo e dentes quebrados. O fenômeno foi relatado por cirurgiões-dentistas de todo o mundo e noticiado pelo jornal americano The New York Times, em 2020.
Além disso, no Brasil, por exemplo, o fator financeiro e o período de home office também ajudaram a impulsionar as cirurgias de implante. Segundo pesquisa recente (2021) feita pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a redução de gastos com lazer e turismo foi a principal contribuição para a formação de poupança. “Com menos gastos com restaurantes, viagens e lazer, a população está conseguindo ter uma folga maior no orçamento para recorrer ao procedimento”, avalia Roberto Pessoa, doutor em Implantodontia e professor do Centro Universitário do Triângulo Mineiro, em Uberlândia (MG).
A estudante Letícia Medeiros, de Natal (RN) relata que, durante a pandemia, notou a agenda mais livre para repor dois dentes incisivos superiores, problema que há tempos a incomodava. “Fiquei com maior disponibilidade para, finalmente, buscar o tratamento”, conta ela.
O certo é que o período de isolamento social acelerou e trouxe consistência a uma tendência que há tempos existe no Brasil. De acordo com pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizada em 2018, 39 milhões de brasileiros necessitam de reabilitação oral e de algum tipo de prótese dental, seja parcial ou total. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, aos 28 anos de idade, em média, os brasileiros já perderam cinco dos 32 dentes e, acima dos 60 anos, 41,5% da população está completamente desdentada.
Na S.I.N Implant System, fabricante de implantes dentários que está presente em 30 países do mundo, o cenário da pandemia acelerou o negócio. “Para dar conta da maior demanda, estamos investindo R$ 100 milhões em uma nova fábrica, que está sendo construída junto à planta atual em São Paulo (SP)”, comemora Felipe Leonard, CEO da empresa.
Felipe conta, ainda, que mesmo com a paralisação total das clínicas odontológicas no início da pandemia, a empresa conseguiu ter um forte crescimento em 2020. “A expectativa para 2021 é também alta, tudo indica que vamos ter uma receita líquida entre 40% e 50% maior”, completa.
Ele explica que a demanda aumentou também em virtude da democratização das raízes artificiais. “Sabemos que hoje um implante dentário sai por aproximadamente um quinto do que custava há vinte anos”, completa o CEO, citando dados da Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos) de 2020.
Website: https://www.sinimplantsystem.com.br
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