Categories: noticias-corporativas

Inovação muda a relação de poder no mercado de crédito

19/7/2021 – Mais de 70% dos empresário afirmam confiar mais nos bancos tradicionais na hora de buscar crédito, mas destacam a dificuldade para obter financiamento

Fintechs e o open banking colocam o cliente como figura central, mas, segundo estudo, a democratização do acesso ao financiamento requer mudança de cultura

A transformação digital trouxe grandes desafios para as instituições financeiras, que estão passando por um momento de reinvenção estrutural e de modelo de negócios. Enquanto as empresas investem cada vez mais no sistema open banking, para desverticalizar o processo bancário e democratizar o acesso ao crédito, muitos clientes ainda mostram resistência a esse novo formato.

Segundo um estudo realizado pela Opinion Box, a pedido do Paypal, com donos ou decisores de empresas, mais de 70% dos entrevistados afirmam confiar mais nos bancos tradicionais na hora de buscar crédito, apesar de apontarem essa opção como a mais difícil de obter um financiamento.

“Como o poder sempre esteve nas mãos dos bancos, os usuários ainda estranham o empoderamento conquistado com a inovação no mercado financeiro, que acontece por meio da tecnologia e de um processo de inversão de fluxo”, explica Felipe Avelar, fundador e CEO da startup Finplace (https://www.finplace.com.br/), fintech que conecta de forma gratuita empresas que precisam de crédito com instituições financeiras. Segundo o executivo, agora em vez de as instituições financeiras determinarem as variáveis que envolvem as operações de crédito, agora é o cliente que está no centro da tomada de decisão, graças às ferramentas oferecidas por fintechs.

Mesmo com essa virada de chave que vem acontecendo no mercado financeiro, ainda existe bastante preconceito por parte dos empresários brasileiros, em especial a visão de que o tomador de crédito é uma empresa ou pessoa que está endividada. Na verdade, é muito comum, em uma economia forte, as empresas necessitarem de capital de giro, uma vez que o crédito, em sua essência, significa fomento ao crescimento.

“Um dos maiores desafios das fintechs é a mudança de mindset do empresário, fazer com que ele entenda as novas regras do jogo. O empresário brasileiro está tão acostumado à relação baseada no “medo” do banco que ele tem um vínculo quase pessoal, que beira a dependência emocional, com o seu gerente de conta”, avalia Avelar, da Finplace.

O open banking, disseminado pelo Banco Central do Brasil, busca trazer novos entrantes e novas formas de fazer negócios, com base em tecnologia. Com ele, a ordem de poder se inverte: o cliente sinaliza qual é a sua demanda, e o financiador avalia, de acordo com as suas regras de política de crédito, se vai conseguir atendê-las ou não. E a solicitação hoje pode ser feita por meio de uma plataforma online, que faz uma busca completa, a custo zero, em todo o ecossistema financeiro.

“O open banking tem sido discutido em vários países ao redor do mundo, com escopo e dimensões diferentes. No caso brasileiro, optamos por um modelo o mais abrangente possível. O primeiro objetivo é empoderar o consumidor financeiro, bem na linha de proteção de dados, de que a informação pertence ao consumidor e cabe a ele decidir compartilhar ou não essa informação com terceiros”, afirma o diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso.

Existe um esforço do mundo inteiro para desverticalizar as relações e torná-las peer-to-peer, ou ponta a ponta, eliminando o intermediário e deixando a operação mais acessível. O foco principal é fazer um capitalismo cooperativo, que é quando as pessoas gastam menos energia e cooperam mais, democratizar o acesso ao crédito, desenvolver a economia com volume transacional de negócio e, por consequência nos tornar o país uma nação mais forte.

A democratização do acesso ao crédito é um processo abrangente, uma vez que garante uma estrutura econômica mais sólida e traz um maior volume de operações. A partir daí, é possível falar de uma transformação mais profunda da sociedade, que inclui diversidade, aceitação e empatia.

Website: https://www.finplace.com.br/

Compartilhe
0
0
DINO Agência de Notícias Corporativas

Agência de notícias corporativas. Conteúdos publicados em rede de parceiros online. Na lista de parceiros estão grandes portais, como os casos do Terra, do Metrópoles e do iG. Agência Estado e Agência O Globo também fazem parte desse time, assim como mais de uma centena de sites e blogs espalhados país afora.

Recent Posts

PodBrilhar estreia nova temporada em plataformas de áudio

Conduzido por Laura Vicente, podcast de BIC Soleil chega em sua terceira temporada e apresenta…

13 horas ago

Nexxera chega ao Equador em parceria com a Natura

Buscando aumentar a sustentabilidade da cadeia de fornecedores da Natura & Co., a Nexxera está…

13 horas ago

Venda de consórcio vira opção na busca por liquidez imediata

Especialista explica como o mercado secundário tem contribuído para que consorciados consigam reinvestir dinheiro aplicado…

13 horas ago

Tricologia e terapia capilar são opções de tratamentos

Em média, 35% das brasileiras gostam de comprar novidades para os cabelos o quanto antes;…

13 horas ago

Advogado explica quem tem direito à aposentadoria especial

O benefício, concedido ao cidadão que trabalha exposto a agentes prejudiciais à saúde, pode ser…

13 horas ago

Guanabara lança ação que une cinema e viagens

Aproveitando o próximo feriado prolongado, a empresa promove uma ação simultânea em rodoviárias de 12…

13 horas ago