São Paulo 29/7/2021 –
Apesar disso, o patamar ainda se encontra aquém do cenário anterior à pandemia da Covid-19
De acordo com os resultados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em junho deste ano, segundo “Pesquisa Mensal de Comércio (PMC)”, as vendas do varejo aumentaram 1,8% na passagem do mês de março para abril. O fenômeno é visto como sendo a maior alta para o mês desde 2000. Assim sendo, o varejo ficou 0,9% acima do nível pré-pandemia. O setor acumula um aumento de 4,5% de crescimento no ano, e 3,6% nos últimos 12 meses. Importante ressaltar que as compras via e-commerce também apresentaram alta com a pandemia da Covid-19.
O setor de papelaria também apresentou crescimento de 2,6%, acompanhado do setor de jornais, revistas e livros. Na comparação anual, o aumento no crescimento foi de 95,9%. Conforme o IBGE, o resultado reverte o indicador interanual após 14 meses negativo. “[O setor] vem sendo influenciado pela contínua substituição dos produtos impressos pelo meio eletrônico e redução de lojas físicas, movimento intensificado pela pandemia de coronavírus”, aponta o relatório do órgão.
Em contrapartida, Cristiano Santos, gerente da PMC, observa que: “em abril de 2020, foi o maior tombo do índice na série histórica da PMC. Então quando olhamos para essas grandes variações, precisamos lembrar que muitas dessas lojas declararam uma perda muito grande de receita. Por exemplo, se uma loja tinha um faturamento de R$ 100 mil e em abril ela só vendeu 10%, depois, se ela crescer 100%, ela passa de R$ 10 mil para R$ 20 mil. Ou seja, o patamar ainda está muito baixo em relação ao cenário que se tinha antes da pandemia”, comenta o gerente.
O setor de livros – itens que podem ser adquiridos também via e-commerce -, no acumulado do ano, apresentou queda de 33,9% e, nos últimos 12 meses, de 36,3%. O instituto aponta que o indicador acumulado no ano está vermelho desde o mês de janeiro de 2020. Além disso, no acumulado dos últimos 12 meses, os resultados estão negativos desde fevereiro de 2014.
Vendas aumentaram 1,4% de abril para maio
O cenário positivo continuou se estendendo. Ainda de acordo com a PMC, divulgada pelo IBGE em julho deste ano, o varejo do Brasil apresentou crescimento de 1,4% no volume de vendas na passagem do mês de abril para maio. O setor também cresceu na média móvel trimestral em 1,1%; 16% ante maio de 2020; 6,8% no acumulado do ano; e 5,4% em relação aos últimos 12 meses.
O destaque das altas foi em relação ao setor de tecidos, vestuário e calçados, com 16,8%; combustíveis e lubrificantes, com 6,9%; artigos de uso pessoal e doméstico, com 6,7%; livros, jornais, revistas e papelaria, com 1,4%; equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com 3,3%; supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com 1%; e móveis e eletrodomésticos, com 0,6%. A maior parte desses produtos, inclusive, já podem ser adquiridos também por meio do e-commerce.
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