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Pesquisa aponta que melatonina produzida no pulmão pode reprimir o agravamento da Covid-19

Estudo, se comprovado, pode apontar direcionamentos positivos em relação à Covid-19

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São Paulo 4/8/2021 –

Estudo, se comprovado, pode apontar direcionamentos positivos em relação à Covid-19

De acordo com pesquisa realizada na Universidade de São Paulo (USP), divulgada em janeiro deste ano, a melatonina pode ser uma medida para conter o agravamento da Covid-19. O estudo mostra que a melatonina atua como uma barreira para o SARS-CoV-2. Assim, a substância impede a expressão de genes que fazem a codificação de proteínas de células como macrófagos, encontrados nas narinas e alvéolos pulmonares. Dessa forma, também age com as células epiteliais, que fazem o revestimento dos alvéolos pulmonares, porta de entrada do vírus.

No momento em que foi divulgada, a pesquisa já tinha como objetivo entender se a suplementação com o hormônio por via nasal possibilitava a prevenção de infecções graves pelo vírus. Caso os estudos sejam comprovados, o hormônio pode ser ministrado em outras doenças respiratórias, como a Influenza.

O mecanismo da melatonina

A melatonina impede a infecção das células pelo vírus, ativando o sistema imunológico e permitindo que ele fique no trato respiratório por um tempo, mas livre para encontrar outro hospedeiro. Conhecida como o hormônio do sono, a melatonina possui atividade por todo o corpo, inclusive no pulmão.

O seu nível de produção no pulmão de pacientes pode dizer sobre a diferença de comportamento da doença entre aqueles que testam positivo para o vírus. No momento em que a pesquisa foi divulgada, o estudo estava sendo desenvolvido, sem a indicação da melatonina para tratamento de Covid-19.

“Constatamos que a melatonina produzida pelo pulmão atua como uma ‘muralha’ contra o SARS-CoV-2, que impede que o patógeno entre no epitélio, que o sistema imunológico seja ativado e que sejam produzidos anticorpos”, aponta Regina Pekelmann Markus, professora do Instituto de Biociências (IB) da USP e coordenadora da pesquisa, à Agência FAPESP.

A pesquisadora iniciou os trabalhos com o hormônio nos anos 1990. Por meio de estudo com roedores, ela apresentou que o hormônio gerado à noite pela glândula pineal, no cérebro, com o intuito de informar o organismo que está escuro e prepará-lo para o descanso noturno, poderia ser produzido em outros órgãos, como no pulmão.

Entendendo a importância da pesquisa

A pesquisa influenciou positivamente a compreensão dos motivos de algumas pessoas não serem infectadas. Além disso, tornou-se possível inferir o motivo de algumas pessoas se infectarem, mas não terem sintomas de Covid-19. O estudo também possibilita a expectativa da utilização do hormônio para tratamento. Caso seja comprovado, poderá acontecer por via nasal, aerossol ou gotas. Porém, vários estudos pré-clínicos e clínicos precisam ser ministrados para garantir o uso. Os resultados da pesquisa, com apoio da FAPESP, foram publicados na revista “Melatonin Research”.

Website: https://www.farmaciasempreviva.com.br/

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