São Paulo 3/8/2021 – Estamos otimistas com a retomada das viagens corporativas. Os índices estão subindo com o avanço da vacinação – Paulo Brazil, Diretor Comercial do B Hotel
São Paulo e o próprio DF seguem como principais polos emissores de hóspedes nessa retomada. No B Hotel Brasilia, a previsão é de atingir 50% de ocupação média entre agosto e dezembro
Brasília é destaque em hospitalidade no mundo, de acordo com a pesquisa de Demanda Turística Internacional do Ministério do Turismo. Embora o turismo seja um dos segmentos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, o presidente da Associação Brasiliense das Agências de Turismo Receptivo (Abare-DF), Reinaldo Ferreira, destaca que a Setur tem apresentado demandas importantes para o crescimento da atividade. “Estamos esperançosos, porque o governo tem trabalhado e preparado Brasília como um destino para receber o público. Isso tem levado nossa população e visitantes a conhecerem melhor a capital do Brasil, gerando mais trabalho, mais emprego e renda”, argumenta. “A capital oferece infraestrutura invejável totalmente vocacionada para o turismo. Dispõe de um sistema de mobilidade urbana que permite deslocamentos rápidos a todos os pontos da cidade. Conta com uma gastronomia de padrão internacional, serviços de hotelaria e espaços para grandes eventos com bons serviços e equipamentos de ponta de alta qualidade”, complementa a Secretária de Turismo, Vanessa Mendonça.
No entanto, devido à pandemia, o turismo corporativo e a indústria de eventos estiveram em queda livre no ano passado e na maior parte dos primeiros meses deste ano, sendo ambos principais motores da ocupação hoteleira. No DF, de acordo com dados do Convention Bureau de Brasília e região, em 2019, os 14 eventos nacionais e internacionais de médio a grande porte captados, e os 61 apoiados geraram impacto econômico de mais de R$ 134 milhões. Em 2020, mesmo com as medidas para contenção da pandemia, foram captados três grandes eventos para Brasília e foi concedido apoio institucional a outros 17 – como a Casa Cor e o Rally dos Sertões. Segundo dados da ABIH-DF (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Distrito Federal), a taxa média de ocupação do DF vem crescendo, principalmente por conta da movimentação da CPI da COVID-19, e já mostra avanço com relação ao mês de maio. Já o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) aponta reação do segmento e prevê um segundo semestre em alta, com até 65% de ocupação.
O B Hotel, inaugurado há pouco mais de três anos e projetado pelo arquiteto Isay Weinfeld, segue, pouco a pouco, retomando o bom momento em seus negócios com o aumento gradual do número de hóspedes. Em junho, o empreendimento, sob gestão dos executivos George Durante e Paulo Brazil, fechou o mês com cerca de 37% de taxa de ocupação, índice 45% superior ao apurado em maio. O hotel vem apresentando uma constante evolução mês a mês em sua taxa de ocupação, que hoje está na casa dos 34%. Expectativa é atingir os 50% de ocupação média entre os meses de agosto e dezembro.
“Estamos muito otimistas com a retomada do turismo e dos eventos corporativos. Os índices estão subindo gradativamente com o avanço do cronograma de vacinação e a faixa etária de maior frequência em nosso hotel, que é a de 35 a 55 anos, já se encontra em condições de viajar novamente. Considerando o mês de março, pico da 2ª onda no Brasil, como o único ponto de retração apresentado este ano, temos motivos de sobra para acreditar em 2º semestre muito mais promissor para nós e para o setor hoteleiro no geral”, ressalta Paulo Brazil, Diretor Comercial do B Hotel. Além do crescimento em ocupação apurado no 1º semestre de 2021, o hotel vem relatando ainda um aumento significativo no número de hóspedes provenientes de estados pouco recorrentes, como Pernambuco, Bahia e Ceará. No último mês, clientes oriundos destas regiões representaram quase 7% do acumulado geral de junho. São Paulo (24,54%), DF (24,59%) e Rio de Janeiro (10,64%) lideram como os três maiores polos emissores de clientes.
Para o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens do Distrito Federal (Abav-DF), Levi Barbosa, há expectativa de alta de 30 a 40% nos deslocamentos em julho, na comparação com o mês passado. “Está faltando termos mais pessoas vacinadas. Mas sentimos uma melhora. Daqui para o fim do ano, acredito que chegaremos perto da normalidade de antes da pandemia”, destacou. Ele acrescenta que muitos brasilienses têm feito reservas para dezembro e janeiro. “O turismo está reagindo. A vacina está fazendo toda a diferença”, completou.
Brasília busca atrair eventos
A Secretaria de Turismo do Distrito Federal e o Brasília e Região Convention & Visitors Bureau assinaram acordo de cooperação técnica “Brasília Capital de Todos os Eventos”. A ideia é promover a excelência e a qualificação da capital federal como um destino turístico, nacional e internacional. Segundo estudo da Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA) de 2019, o Brasil é um dos 20 destinos mais procurados no mundo para a realização de eventos corporativos. No país, Brasília é a quarta cidade que mais sediou eventos.
O termo de cooperação prevê a criação de um plano de trabalho e o desenvolvimento de ações conjuntas para captação e promoção de eventos corporativos e de negócios. Esse segmento, de acordo com o Ministério do Turismo (MTur), está entre os setores prioritários para a expansão dessa indústria no país.
Claudia Maldonado, presidente do Brasília e Região Convention and Visitors Bureau ressaltou a importância do Turismo Corporativo para a rápida retomada econômica e citou o estudo da NewSense. O levantamento mostra que, em 2019, o volume de negócios gerados por eventos e feiras desse segmento faturou R$ 305 bilhões, representando 4,6% do PIB nacional.
Segundo a Secretária de Turismo Vanessa Mendonça, esse convênio também une os principais organizadores de eventos do país e agrega valor para o fortalecimento e desenvolvimento do turismo, setor que envolve 52 segmentos econômicos e é responsável por um em cada cinco empregos no mundo.
Dados do Mtur mostram que o gasto do turista nacional em viagem de negócios ou corporativa é 50% maior que o de quem viaja por lazer. “Por exemplo, a realização de um Congresso Brasileiro de Cardiologia, com quatro dias de duração e mil participantes, geraria um impacto econômico de mais de R$ 23,6 milhões”, destacou a Secretária de Turismo.
Website: http://www.bhotelbrasilia.com.br
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