São Paulo, SP 26/7/2021 – Um gestor de patrimônio familiar além de ser responsável pela gestão do patrimônio, também administra o dinheiro da família
A gestão do patrimônio permitirá um crescimento do ativo financeiro a partir de novos investimentos e cortes de despesas, ou mesmo na identificação de desvio de recursos
A gestão de patrimônio consiste em um diagnóstico financeiro do patrimônio de uma família ou do indivíduo, possibilitando investimentos que podem ser feitos por gestores em carteiras bastante diversificadas, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais – ANBIMA. De acordo com os dados da instituição, o volume administrado pelas casas de gestão de patrimônio alcançou R$ 220,5 bilhões em 2020, o que representa um crescimento de 32,7% em relação ao ano anterior.
A Gestão de patrimônio de família é feita para garantir o sucesso e a sustentabilidade do patrimônio construído durante anos, realizando a separação da gestão dos ativos pessoais da gestão de ativos da empresa, com o objetivo de manter a confidencialidade e a própria segurança da família, informa Luiz Alberto Macedo Pinto, graduado em Administração de Empresas, com ênfase nas áreas financeira, administrativa e de gestão de pessoas. “Um gestor de patrimônio familiar além de ser responsável pela gestão do patrimônio, também administra o dinheiro da família. Porém, esta não é sua única função”, relata Luiz.
O wealth manager é mais do que um gestor de recursos financeiros, diz o administrador de empresas, é o responsável por auxiliar a família a cuidar de todos os capitais, até daqueles que ainda não compreendem, e que somados formam o capital familiar. Cada um destes capitais precisa estar alinhado às metas da família, ou seja, precisam garantir a realização pessoal dos membros e a preservação, em longo prazo, do patrimônio.
Macedo avisa que por mais que o grupo familiar defina um membro responsável pela gestão, é sempre bom ter um gestor profissional que não seja parte do grupo familiar, pois, além de ficar sobrecarregado no âmbito pessoal, pode acarretar alguns problemas.
“Acaba faltando liberdade pessoal, uma vez que a pessoa estará sempre ocupada cuidando de toda a família. Outro detalhe seria acabar priorizando o gerenciamento de sua própria carreira e deixar o patrimônio familiar em segundo plano. Afinal, resta pouco tempo para pensar em investimentos”, explica Luiz, com cursos de Economia e Finanças, Administração Financeira, Relações Internacionais, Gestão de Recursos Humanos, entre outros.
Conforme o especialista, administrar a família é muito diferente de administrar uma empresa, e o mesmo acontece na hora de fazer a gestão do patrimônio familiar. As decisões sobre investimentos tomadas pelas famílias também são diferentes daquelas tomadas pelos executivos.
De acordo com a ANBIMA, nesse segmento, os investidores são representados por grupos econômicos, ou seja, famílias de clientes que podem conter um ou mais CPFs, dependendo da classificação adotada por cada instituição. Esses grupos tiveram alta de 35,3% no período: foram de 5.838 em 2019 para 7.900 no ano passado. Ao olhar para os ativos, a carteira dos clientes é composta por 25,3% de cotas de fundos multimercados, 17,5% de cotas de fundos de ações e 11,4% de cotas de fundos de renda fixa. Os três ganharam participação em relação a 2019, quando respondiam por 25,2%, 16,6% e 10,3% dos investimentos, respectivamente.
“Por isso, escolher um membro da família para fazer a gestão de patrimônio, ainda que se trate de uma pessoa experiente no mundo dos negócios, não garante a experiência necessária. A falta de expertise e conhecimentos técnicos nesse tipo de gestão específico pode levar o familiar a cometer falhas graves na gestão dos recursos. O profissional especializado dar sustentação ou melhora o padrão de vida familiar”, finaliza Luiz Macedo, com experiência em empresas multinacionais de grande porte, nas áreas de economia, finanças, administração, compliance e liderança.
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