João Pessoa, PB 9/8/2021 – O etanol passará a ser muito mais valorizado por suas contribuições na transição energética para a economia de baixo carbono
O etanol que chega aos veículos é fruto da biotecnologia e não tem qualquer aditivo químico.
O etanol é gerado através de biotecnologia. Essa tecnologia é responsável por melhorar a produtividade nos canaviais e, consequentemente, aumentar a produção de etanol. Para mostrar como a biotecnologia está inserida nas usinas de açúcar e etanol, o Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool-PB) produziu o vídeo Usina é Biotecnologia, que destaca o ciclo para a obtenção do biocombustível.
O vídeo do Sindalcool-PB mostra desde o início da plantação da cana até a chegada do biocombustível aos automóveis. As imagens foram captadas em usinas da Paraíba.
A produção de etanol acontece de forma totalmente sustentável. A cana capta a luz solar e a transforma em energia na forma de sacarose, que também é conhecido como o açúcar do dia a dia, por isso, o etanol também pode ser considerado a energia solar convertida em biocombustível.
O etanol que chega aos veículos é fruto da biotecnologia e não tem qualquer aditivo químico. No vídeo, é possível observar a modernização dos sistemas de irrigação e da colheita da cana nas usinas da Paraíba. As folhas, que antes viravam cinzas, agora protegem e fertilizam o solo dos canaviais com matéria orgânica.
A usina também pode ser chamada de biorrefinaria e o biocombustível que produz faz bem para um planeta mais limpo. Segundo o Sindalcool-PB, o etanol é renovável e, quando substitui a gasolina, gera 90% menos de emissão de dióxido de carbono (CO2), o que torna o ar mais limpo e dá mais qualidade de vida. Só em 2020, o consumo de etanol na Paraíba evitou a emissão de 171 mil toneladas de CO2.
Além de benefícios ambientais, o setor sucroalcooleiro reúne as indústrias mais dinâmicas da economia brasileira. É um dos principais geradores de emprego e renda no Brasil. Segundo o último levantamento do Sindalcool-PB, em 2018 o setor movimentou R$ 1,5 bilhões com salários, impostos e insumos na Paraíba. A estimativa do sindicato é que esse valor é injetado anualmente na economia local.
Em um panorama geral, a cadeia produtiva reúne usinas e destilarias, incluídos 1.500 mil produtores rurais, 21.800 empregos diretos e 44.000 postos de trabalho indiretos em mais de 26 municípios paraibanos. Atualmente, o setor é o que mais emprega no campo.
O presidente do Sindalcool-PB, Edmundo Barbosa, avalia que os próximos anos serão ainda mais promissores para o setor.
“Nós vamos continuar buscando a sustentabilidade, ou seja, produzir maior volume de cana nas mesmas áreas de produção atuais através da utilização na cana de bactérias das raízes do mandacaru, por exemplo, que irão reduzir os efeitos do estresse hídrico. A expansão da irrigação é outro desafio para manter maior volume de cana por hectare, além de maiores teores de açúcar. A utilização da conectividade no campo irá favorecer a agricultura de precisão. As usinas deverão gerar mais energia elétrica com o bagaço da cana para suprir o sistema elétrico nacional e o etanol passará a ser muito mais valorizado por suas contribuições na transição energética para a economia de baixo carbono”, disse Barbosa.
O vídeo pode ser conferido através do link: https://www.youtube.com/watch?v=P0-betLBxAU
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