São Paulo 31/8/2021 –
Infecção pode ser identificada em sua fase latente, antes de apresentar sintomas, por meio de testes de alta precisão. Tratamento precoce eleva os índices de cura
O tempo seco e a baixa umidade relativa do ar, típicos do inverno e responsáveis por aumentar a concentração de poluentes, reduzem os mecanismos de defesa do organismo e a incidência de casos de doenças respiratórias, como a tuberculose, torna-se mais frequente. Por se tratar de uma doença infecciosa, altamente contagiosa e transportada pelo ar, a tuberculose é ainda um sério problema de saúde pública mundial, embora seja tratável e apresente altos índices de cura a partir do tratamento precoce.
De acordo com dados do Relatório Global da Tuberculose 2020, a doença infectou mais de 10 milhões de pessoas e levou a óbito mais de 1,2 milhões em todo o mundo, ao longo de 2019. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a busca sistemática de casos em que a tuberculose ainda não manifestou sintomas (infecção latente por tuberculose), quadro que pode persistir por anos, até que o paciente venha a apresentar algum sintoma ou por algum motivo faça um teste para detectar a doença.
Diagnóstico e tratamento precoce
Além de reduzir as taxas de disseminação da doença, o tratamento precoce da tuberculose oferece uma qualidade de vida melhor ao paciente, diminuindo seu sofrimento. Para o diagnóstico da tuberculose latente existem, hoje em dia, testes precisos que reduzem a margem de falsos-negativos e proporcionam um tratamento mais assertivo.
Entre os testes de maior precisão para identificar a tuberculose latente, analisados e recomendados pela OMS, cabe citar o teste IGRA (ensaio de liberação de Interferon-gama) QuantiFERON – TB Gold Plus. Desenvolvido pela QIAGEN, multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnóstico molecular, o teste é realizado com uma pequena amostra de sangue e requer apenas uma visita ao médico, apresentando resultado rápido e seguro, com a precisão de testes laboratoriais. Recentemente, o QuantiFERON – TB Gold Plus foi incorporado ao rol de procedimentos obrigatórios da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que devem ser cobertos pelos planos de saúde, assim como pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Prevenção e cuidados
Como a porta de entrada do bacilo da tuberculose são as vias aéreas e a transmissão dá-se através da tosse ou fala durante o contato prolongado com uma pessoa doente, as medidas de prevenção adotadas em virtude da COVID-19, como o distanciamento social, o uso de máscaras, higienização das mãos e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, são também maneiras de evitar a contaminação pela tuberculose. Entretanto, diante da suspeita de contato com indivíduos contaminados ou aos sinais dos primeiros sintomas, a busca por ajuda médica pode ser essencial para o sucesso do tratamento. Passada a fase latente, o paciente pode apresentar sintomas como tosse crônica, febre, perda inexplicada de peso e, quando grave, sudorese noturna.
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