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Empreendedorismo, novos hábitos e adoção digital impulsionam setor de Cosméticos

Com alta de 5,7% nas vendas em 2021, setor de beleza e cuidados pessoais cresce através do empreendedorismo, mudança de hábitos do consumidor e transformação digital durante a pandemia.

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São Paulo, SP 27/8/2021 – Se antes da pandemia o embelezamento era mais motivado por projetar uma imagem social, hoje está se tornando uma rotina de autocuidado e de bem-estar

Com restrições a encontros sociais, poderia se esperar que a pandemia afetaria de forma severa o mercado de beleza e cuidados pessoais. Mas de acordo com os dados de mercado da ABIHPEC – Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos os números mostram exatamente o oposto: as vendas de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) em 2020 fecharam o ano com crescimento de 4,7% na contramão da queda de 4,1% do PIB brasileiro. E 2021 não parece ser diferente – o setor registra alta de 5,7% em vendas no primeiro quadrimestre do ano.

Em um mercado altamente competitivo, cinco empresas concentram 47,8% do mercado brasileiro de acordo com o provedor de pesquisa Euromonitor International. Mas são as pequenas empresas que estão ganhando destaque, especialmente em nichos especializados. Segundo a ABIHPEC, 205 novas indústrias de HPPC foram registradas no Brasil no ano passado, um crescimento real de 7% em relação a 2019.

Mas quais são as razões responsáveis pelo estímulo desse mercado, mesmo em meio à crise global para tantos novos empreendedores? “Se antes da pandemia o embelezamento era mais motivado por projetar uma imagem social, hoje está se tornando uma rotina de autocuidado e de bem-estar. Os clientes buscam resultados e os tratamentos cosméticos precisam ser contínuos e acessíveis. Muitas vezes excelentes produtos acabam sendo caros e difíceis de encaixar no orçamento mensal, também porque muitos são importados. Foi assim que encontramos nosso espaço”, conta Vivian Brunod, nova empresária do setor, que escolheu investir em dermocosméticos.

E a escolha da empreendedora não foi por acaso – os produtos voltados aos cuidados com a pele registraram crescimento de 161,7% nas vendas durante os dez primeiros meses de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019. Considerando todo o ano de 2020, o crescimento nas vendas dos produtos para skincare foi de 21,9%, de acordo com o mesmo estudo da ABIHPEC.

Esta descoberta motivou Vivian, e seus sócios Daniel e Federico a investirem no setor. Juntos, eles criaram a Lipstik, uma das mais de 3.000 empresas de cosméticos que estão estimulando o desenvolvimento e a inovação nesse segmento, motivados pela mudança de comportamento acelerada pelo maior distanciamento entre as pessoas.

Mas empreender no Brasil continua a ser um desafio. De acordo com o relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020, a Pandemia fez o Brasil perder quase 10 milhões de empreendedores previamente estabelecidos. Por outro lado, o contingente de pessoas que estão entrando agora no mercado como empreendedores, os empreendedores nascentes, cresceu 25% e atingiu o maior patamar da série histórica, com uma taxa que representa 10,2% da população adulta.

“A maior interação do brasileiro com o digital e a compra online trouxe grandes oportunidades para nós, pequenos empresários. A facilidade de nos conectar com nossos futuros clientes digitalmente foi essencial para validar nosso plano de negócios. Conseguimos identificar as necessidades do consumidor e entender qual é a relação de custo-benefício que o cliente espera encontrar nos produtos”, conta Federico Brunod, um dos sócios.

A empresa com isso passa também a fazer parte de um outro movimento: o de empresas independentes de grandes marcas que nascem digitais, com um forte senso de propósito que a aproxima de seu público especialmente pelas redes sociais e o comércio eletrônico, por onde 100% de sua linha é vendida. Uma tendência que deve continuar após a pandemia: só em 2021 é projetado um crescimento de 23% do e-commerce de cosméticos, segundo a Neotrust.

Mas qual o futuro do setor? “É cada vez maior o número de pessoas, independente de gênero, buscando autocuidado e marcas que representem seus valores. O consumidor também é mais consciente e exige marcas que não testem em animais e representem seus valores pessoais. Isso representa o que para nós é o futuro da beleza: mais inclusiva, diversa e mais conectada com nossa saúde, equilíbrio mental e com o meio ambiente. O cuidado começa na pele, mas é para o corpo todo. E por que não compartilhar isso com o mundo e tornar acessível a todas as pessoas?” conclui Daniel Brunod, sócio-diretor da Lipstik.

Website: https://www.lipstik.com.br

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DINO Agência de Notícias Corporativas

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