Paraná 21/9/2021 – A pandemia trouxe uma revolução de conceitos e uma necessidade de mudança rápida de atitude para a sobrevivência de um espaço que trabalha com arte
De acordo com estudo recente, 25% dos negócios globais do mercado de arte em 2020 foram realizados pelo meio digital, ante apenas 9% em 2019; impulsionamento das vendas acompanha uma tendência de aumento do e-commerce no Brasil, que em 2020 foi da ordem de 73,88%
A transformação digital ocorrida em tantas empresas e organizações mundo afora em decorrência do isolamento social causado pela pandemia de Covid-19 tem sido uma realidade também para a área da cultura. No campo das artes plásticas especificamente, galerias se reorganizaram no formato online, adotando o modelo de vendas via e-commerce, e hoje colhem os frutos: de acordo com a mais recente edição do Art Basel / UBS Global Art Market Report, publicação que avalia as tendências do mercado de arte, as vendas on-line de arte e antiguidades atingiram um recorde de US$ 12,4 bilhões (cerca de R$ 65 bilhões) em 2020.
O número é ainda mais expressivo quando é levado em conta o fato de que 25% dos negócios do setor neste período foram realizados por meio de e-commerce, ante apenas 9% em 2019. De acordo com o tradicional estudo realizado pelo banco UBS em parceria com a economista cultural Claire McAndrew e com a feira Art Basel, foi a primeira vez que o número de transações realizadas pelo meio digital superou as vendas no varejo no mercado de arte.
Outra pesquisa, realizada pela seguradora Hiscox, indicou que 82% dos novos colecionadores utilizaram o formato on-line para adquirir obras de arte, o que representa um aumento de 46% em relação a 2019. Para 56% destes compradores que recorreram às plataformas digitais para o consumo de arte, as compras se deram no intuito de “ajudar artistas e galerias de arte” que enfrentam problemas financeiros em meio à pandemia de Covid-19.
“A pandemia trouxe uma verdadeira revolução de conceitos e, consequentemente, uma necessidade de mudança rápida de atitude para a sobrevivência de um espaço que trabalha com arte e cultura”, afirma Regina Casillo, fundadora e diretora da galeria de arte Solar do Rosário, de Curitiba.
A reinvenção do mercado da arte durante a pandemia de Covid-19
Tal inflexão no mercado, no entanto, não foi imediata. Nos primeiros meses da atual crise sanitária, de acordo com um estudo de meados de 2020 do Art Basel / UBS Global Art Market Report, as vendas das galerias que comercializam obras de arte moderna e contemporânea no primeiro semestre do ano passado diminuíram 36% em relação ao mesmo período de 2019, sendo que um terço desses estabelecimentos diminuiu de tamanho, com a demissão de, em média, quatro funcionários.
Com exposições e vernissages – que consistem em oportunidades de vendas galerias de arte – canceladas e clientes em suas casas, a transformação digital destes espaços foi uma aposta na retomada. “As festas e os encontros presenciais e os turistas fazem falta, claro, mas os clientes tradicionais nos acompanharam nesta migração para o formato digital e as vendas on-line, aos poucos, foram crescendo”, diz Regina.
Para Lucia Casillo, também diretora do Solar do Rosário, a mudança de visual no site e sua portabilidade para celulares e tablets foram fatores fundamentais para a superação do período mais difícil da pandemia e o aumento das vendas de obras de arte, agora com o e-commerce devidamente estruturado. “As visitas presenciais voltaram, mas temos clientes que continuam pedindo através do site, do celular e preferindo receber em casa. Além, claro, dos clientes de fora que descobriram nosso espaço de arte e podem receber em qualquer lugar do Brasil e do exterior”.
O impulsionamento das vendas da galeria de arte curitibana no formato digital acompanha uma tendência de aumento do e-commerce no Brasil, que em 2020 foi da ordem de 73,88%, de acordo com o índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital em parceria com o Neotrust.
A aposta no formato mobile também se mostra eficaz, visto que segundo estudo realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), apresentado em junho de 2019, 67% dos consumidores que fizeram compras pelo meio digital no país o fizeram através de smartphones.
“As transformações digitais realizadas neste período de crise sanitária chegaram para ficar, com certeza”, afirma Regina Casillo. “Esse é o admirável mundo novo”.
Para saber mais, basta acessar o site: https://solardorosario.com.br/galeria/galeria-de-arte/
Website: https://solardorosario.com.br/galeria/galeria-de-arte/
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