São Paulo, SP 19/10/2022 – A eficiência de um brise-soleil pode ser significativa a ponto de serem dispensados os usos de ares-condicionados e ventiladores.
A tendência arquitetônica antiga teve aumento de popularidade; Criação foi desenvolvida na Europa em 1934.
A arquitetura é um campo de estudos vasto, que conta com uma infinidade de elementos que podem ser empregados durante o desenvolvimento de um projeto. Muitos são conhecidos do grande público, outros passam despercebidos ou simplesmente caem em desuso com o passar dos anos. Um desses elementos, no entanto, se provou especialmente útil em um país tropical como o Brasil: o brise-soleil. O termo “brise-soleil”, muitas vezes chamado “brise”, é de origem francesa e se traduz, literalmente, como “quebra-sol”.
Um estudo recente feito no Brasil confirmou que a implementação desses elementos pode diminuir de 2 a 5 °C a variação da temperatura do ambiente e proporcionar uma economia de até 60% em gastos com refrigeração mecânica. Para se chegar ao resultado, foi realizada uma série de simulações de instalações de brises-soleil, levando-se em conta características do cômodo e sua fachada oeste na região de Brasília (DF). Os dados obtidos foram analisados seguindo especificações técnicas do fabricante e análise matemática.
De acordo com Enrico Bertanha, diretor da Bepex – Chapas Perfuradas e Expandidas, empresa que fabrica brises metálicos, o brise-soleil tem uma funcionalidade para além da sombra que pode projetar em fachadas, por exemplo. “Ao mesmo tempo em que o brise bloqueia a incidência direta de raios solares sobre a edificação e a radiação, ele bloqueia os permite a passagem de vento”, afirma. “A eficiência de um brise-soleil pode ser significativa a ponto de serem dispensados os usos de ares-condicionados e ventiladores. Em um país como o Brasil, 60% de economia em ventilação mecânica não é algo a ser ignorado. Está havendo uma procura maior dos arquitetos que buscam brises feitos com desenhos originais deles”, afirma.
História do Brise-soleil
O Brise-soleil, como é conhecido hoje, foi desenvolvido em 1934 pelo arquiteto francês Charles-Edouard Jeanneret-Gris, mais conhecido pelo seu pseudônimo “Le Corbusier” em um dos seus primeiros edifícios, o Cité de Refuge, em Paris. Para resolver o problema de calor excessivo no edifício, Le Corbusier desenvolveu um sistema que consistia em uma série de elementos que projetavam sombra e protegiam o prédio da radiação direta.
No Brasil, a utilização do brise-soleil ganhou força a partir dos anos 50, especialmente no campo da arquitetura moderna através de nomes conhecidos como Oscar Niemeyer e Rino Levi, além dos irmãos Roberto, nomes da arquitetura moderna brasileira e desenvolvedores de projetos considerados marcos da época, como o edifício Marquês de Herval, um dos primeiros do Brasil a incorporar brises móveis.
Versatilidade
De acordo com o Enrico Bertanha, os brise-soleil podem funcionar de forma versátil, a depender do ambiente que se quer construir, e pode ser confeccionado a partir de materiais diversos, como: metal, madeira e concreto.
Metal: Os brises metálicos, normalmente feitos de chapas perfuradas ou desenhados no CNC, são produzidos em larga escala e podem ter design personalizado.
Madeira: Os brises de madeira foram mais populares no passado e até hoje ainda são procurados.Caso a manutenção regular não ocorra, a madeira precisará de uma limpeza pesada, sendo primeiro lixada para remover o excesso de sujeira da superfície.
Concreto: Os brises podem ainda ser fabricados de concreto, o material de escolha quando começou a ser implementado na década de 1930. Nessa forma são obrigatoriamente fixos e não proporcionam tanto conforto térmico quanto a madeira ou metal, mas compensam com uma manutenção simples.
Website: https://bepex.com.br/
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