São Paulo, SP 23/9/2021 – As pessoas tendem a gastar compulsivamente, isso faz com que enforquem seus orçamentos limpando o caixa
Atualmente, o Brasil vem passando por uma crise financeira que afeta grande parte da população, e diversos são os fatores que contribuem para as pessoas não consiga pagar as contas e realizar compras com tanta frequência, como a alta do dólar e da inflação e, principalmente, o desemprego, segundo a Serasa. De acordo com o Mapa da Inadimplência, o estudo mais recente sobre o assunto realizado pela Serasa, cerca de 62,5 milhões de brasileiros estão com o nome sujo. O levantamento também mostrou que entre os brasileiros inadimplentes, cada um deve, em média, R$ 3.937,98 – o equivalente a mais de três salários mínimos.
A história ensina que a economia mundial é cíclica, o que significa que de tempos em tempos haverá momentos de euforia ou momentos de crise, e estar preparado para enfrentá-los significa poder ter dinheiro e crédito em todos os momentos críticos e sem esbanjar gastos nos bons momentos, afirma Anaelson Costa de Oliveira Junior, graduado em Administração de Empresas com foco nas áreas comercial, marketing e financeiro.
“Faço palestra sobre finanças pessoais, empreendedorismo e investimentos, e ajudo pessoas e pequenos empreendedores a saírem de dividas ou começarem a empreender. E uma das coisas que abordo é que durante os cenários de confiança na economia, as pessoas tendem a gastar compulsivamente, isso faz com que enforquem seus orçamentos limpando o caixa, então quando a crise chega, elas estão financeiramente expostas e desprotegidas”, explica o administrador de empresas.
De acordo com o levantamento do Mapa da Inadimplência, o maior volume de dívidas está na categoria bancos/cartão, representando 29,7% dos mais de R$ 211 milhões de débitos. Em seguida, estão as contas com luz, água e gás, com 22,3%. As compras no varejo representam 13% das dívidas dos brasileiros. A Serasa também aponta que os brasileiros estão buscando negociação pelo ‘Serasa Limpa Nome’, a faixa etária de 31 a 40 anos foi a que mais procurou uma solução financeira para os débitos, em seguida os com idade entre 18 e 25 anos.
Anaelson relata que conseguir chegar a um ciclo de crise sem endividamento já é algo muito saudável para a finança pessoal ou família, contudo, em períodos críticos normalmente surgem as melhores oportunidades. Ele observa que nesses períodos de crise, por falta de liquidez nos mercados, os bancos centrais tomam políticas de incentivo à economia, o que significa mais crédito, menos juros e possíveis perdões de dívidas.
Conforme o especialista, pessoas que não se preparam começam a vender os bens por preços menores, pelo fato de não terem dinheiro e nem liquidez para pagar as dívidas. E é nesse ponto que novas oportunidades surgem e as pessoas devidamente preparadas começam a mudar os status de vida em meio à crise. Costa também avisa que para ficar bem preparado para momentos de críticos é necessário gastar menos quando a economia vai bem e aprender a separar o desejo de necessidade, quando for comprar algo.
“Outra maneira seria ser criativo para buscar renda extra, empreender é uma grande chave para isso. Ao invés de dizer: não posso pagar por isso; pergunte-se: como posso pagar por isso? Você tem uma grande capacidade criativa, apenas invista nisso. Procure cada vez mais atender suas necessidades com sua renda extra para que a renda principal se acumule no decorrer dos anos, assim, seus desejos serão alcançados por preços e condições muito melhores quando a próxima crise chegar”, finaliza Anaelson Costa.
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