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Redes de franquias fast-food crescem 575% com unidades nas periferias

São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul 6/10/2021 –

É cada vez mais comum encontrar redes de franquias com produtos e serviços segmentados para públicos de áreas periféricas de grandes cidades.

crise na econômica brasileira e a taxa de desemprego agravada pela pandemia explicam a ascensão de um movimento que impacta diretamente o empreendedorismo nas periferias. É cada vez mais comum encontrar empreendedores que recorrem ao modelo de franquia como alternativa para iniciar um novo negócio e trazer para essas regiões, antes desassistidas, alternativas de produtos e serviços. De olho nisso, empresas têm se mostrado favoráveis a expandir suas operações para cidades mais distantes dos centros urbanos ou bairros populares. No mercado de alimentação, por exemplo, as redes de fast-food são uns dos negócios que priorizam essa estratégia para crescer.

No Brasil, a primeira rede fast-food focada em hambúrgueres foi fundada em 1952. Esse modelo de franquia tem obtido amplo crescimento ao longo dos últimos anos e, em um levantamento recente realizado pelo Instituto Gastromotiva, observou-se uma alta de 575% desse nicho alimentício, em parte acelerado pelo consumo nas periferias. 

Esse crescimento e a mudança de comportamento do mercado com relação ao volume de negócios nestas regiões tem atraído empresas de todos os tamanhos e relevância, a exemplo disso, a rede de franquias Bond Burguer inaugurou cerca de 10 unidades em bairros populares como Campo Limpo, Interlagos, Itaquera e Grajaú. A estratégia da empresa não é uma exclusividade, já que bairros de regiões periféricas e cidades do interior tem vantagens competitivas e econômicas importantes. Segundo Ruy Barros, consultor de novos negócios e franquia do Sebrae-SP, estes locais possuem menos concorrência, alugueis até dez vezes menores do que os praticados em grandes centros urbanos e a facilidade na fidelização de clientes.

“Quando iniciamos a operação da Bond Burguer não tínhamos dúvidas de que a periferia seria o local certo. Essas regiões passaram por uma transformação econômica importante nos últimos anos, incluindo a migração de franquias de diversos seguimentos para esses locais. Nos Estados Unidos essa cultura se popularizou a mais 20 anos e faz parte da estratégia das principais redes do país, enquanto que, no Brasil, esse movimento está apenas no início”, diz Ricardo Rosa, diretor de marketing. 

Outra rede que viu o número de novos franqueados crescer longe dos centros urbanos foi a B-Burguer, empresa fundada por Ítalo Bruno e que recentemente ganhou um novo sócio, o “influenciador digital” Carlinhos Maia. A parceria faz parte da estratégia de crescimento da rede já que Carlinhos Maia é considerado um dos principais influencers do Brasil, e impacta direta os públicos dessas regiões com conteúdos de linguagem popular. A rede planeja chegar à 1.000 unidades espalhadas por cidades do interior do nordeste nos próximos três anos.

Não são apenas as marcas locais que estão em busca de estratégias para “abocanhar” uma fatia deste mercado, um bom exemplo é a rede McDonald’s. Segundo o diretor de Expansão da marca no Brasil, Filipe Vasconcelos, a maior rede de fast-food do mundo já dedica cerca de 15% dos seus investimentos em novas lojas, aos bairros localizados em regiões periféricas, especialmente aquelas localizadas nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. De 80 novas lojas inauguradas no ano de 2020, 12% delas estão na periferia.

Um dado que reforça essa tendência é o aumento no número de jovens entre 18 e 27 anos das classes C,D e E interessados em adquirir uma franquia. Em uma pesquisa realizada durante o período da pandemia de COVID-19 pela ABF (Associação Brasileira de Franchising), o número de pessoas nesta faixa etária interessadas neste modelo de negócio foi superior a 109%.

Segundo dados da própria ABF, o seguimento de franquias fechará o ano com resultados positivos. O primeiro trimestre registrou números otimistas, apesar dos desafios enfrentados. O período teve um saldo de 1,9% de novos negócios em parte gerados por redes com foco nestas classes sociais. Projeções para o último trimestre de 2021, divulgadas em junho, preveem um aumento de faturamento na ordem de 8% em relação ao ano passado, além de uma expansão de 5% das redes. Isso demonstra que mesmo num momento desafiador, em que muitas pessoas perderam seus empregos, investir em franquias pode ser um bom negócio, desde que feito com cuidado e planejamento.

Website: http://www.bondburguer.com.br/

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DINO Agência de Notícias Corporativas

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