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Sustentável, estamparia digital cresce no mercado global

Maior eficiência energética, menor consumo de água, redução de descarte de químicos, capacidade produtiva, e flexibilidade de impressão são pontos positivos de processo de impressão de tecidos com tintas digitais; especialista comenta tendência também verificada no Brasil

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São Paulo – SP 28/10/2021 – Com o sistema digital, tem maior sustentabilidade no setor têxtil

Maior eficiência energética, menor consumo de água, redução de descarte de químicos, capacidade produtiva, e flexibilidade de impressão são pontos positivos de processo de impressão de tecidos com tintas digitais; especialista comenta tendência também verificada no Brasil

O uso da tecnologia e a transformação de processos analógicos – estabelecidos, muitas vezes, ao longo de séculos – em novos formatos digitais são de extrema valia quando inseridos no âmbito da promoção da sustentabilidade e da preservação da natureza. A alternativa menos poluente que se apresenta com o uso estamparia digital em detrimento a técnicas mais antigas, como o silk-screen e a estamparia rotativa, na indústria têxtil, assim, é um destes exemplos positivos de como as inovações tecnológicas podem ser positivas para a conservação do meio ambiente.

Tendência em franca ascensão nos últimos anos, o mercado mundial de impressão digital têxtil movimentou US$ 1,88 bilhão (cerca de R$ 10,36 bilhões) em 2018, com a estimativa de que a cifra chegue a US$ 3,75 bilhões (R$ 20,67 bilhões) – praticamente o dobro, portanto – em 2023. Tais números foram estimados pela pesquisa ‘O Futuro da Impressão Digital Têxtil para 2023’, realizado pela consultoria internacional Smithers Pira, que apontou que, de 2013 a 2018 o volume de tecidos impressos passou de 548 milhões de m² para 1,16 bilhão de m², devendo superar a quantidade de 2,7 bilhões de m².em 2023.

Alguns dos fatores que têm impulsionado o uso de tecnologias de impressão digital nos últimos anos incluem: maior eficiência energética, menor consumo de água, redução de descarte de químicos, maior produtividade das máquinas de impressão, rapidez do workflow.

De acordo com uma ampla pesquisa realizada em 2019 pela Unep (United Nations Enviroment Program, na sigla em inglês), departamento da ONU responsável por estudos e desenvolvimento de políticas para o Meio Ambiente, a indústria da moda é responsável pela emissão de até 10% das emissões globais de efeito-estufa (mais que a aviação e o transporte marítimo juntos), sendo o segundo setor da economia que mais consome água. Além disso, o setor produz cerca de 20% das águas residuais do mundo.

Tendência também é verificada no Brasil

São significativas, dessa maneira, as reduções na emissão de gás (CO2e) e no consumo de água pelas impressoras digitais têxteis em relação às convencionais. Segundo estudo da empresa japonesa Seiko Epson Corporation, a pegada de carbono de um sistema de impressão rotativa convencional gera 139,56 kg de CO2eq, enquanto o sistema digital usa 85,66 kg de CO2eq, em uma economia de quase 40%. 

Já em relação ao consumo de água, de acordo com o mesmo estudo, as estamparias analógicas consomem em média de 80 a 200 litros de água por quilograma de tecido estampado, ao passo que a impressão digital com tinta pigmentada utiliza apenas dois litros.

Para Cristiano Manenti, presidente da JC Isotex, empresa do mercado têxtil que atua com tintas digitais, esta redução no consumo de água no processo de impressão dos tecidos é o principal fator que torna a estamparia digital mais prática e sustentável do que os processos tradicionais, com impressão reativa o acida.

“Com o sistema digital pigmento, processos como lavagem e vaporização do tecido, por exemplo, foram excluídos”, diz o executivo. Outro fator importante apontado por Manenti é o fato da composição das tintas digitais serem à base de água, “não utilizando componentes químicos pesados em seu processo e composição, tendo fácil manuseio, recebendo certificações ambientais e da saúde e tendo seu descarte não agressivo ao meio ambiente”.

Sobre a expansão dos processos digitais nos últimos anos, ele afirma que há sempre maior produtividade dos equipamentos, e que a chegada de equipamentos chineses, tanto no mercado semi industrial quanto no industrial, permite a impressão digital de tecidos em uma alta velocidade, com qualidade e baixo custo, fazendo com que o acesso a esses equipamentos se apresentasse mais viável, “gerando uma fonte de renda dinâmica, sem a necessidade de uma estrutura complexa”.

A diversidade de segmentos do setor têxtil no país, com um enorme mercado espalhado por todo território nacional, além disso, para ele, também é um fator que explica o crescimento da estamparia digital no Brasil.

Para saber mais, basta acessar o link: https://jcisotex.com/

Website: https://jcisotex.com/

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