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Procura por tratamentos de fertilização aumentou no Brasil nos dois últimos anos

Tratamentos de fertilização in vitro (fiv) ou de descongelamento embrionário foram procurados por casais que tinham dificuldade de engravidar

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Curitiba – PR 20/12/2021 – Uma das preocupações da equipe está relacionada aos efeitos que a Covid-19 poderia ocasionar no tratamento em pacientes que haviam contraído o vírus.

Tratamentos de fertilização in vitro (fiv) ou de descongelamento embrionário foram procurados por casais que tinham dificuldade de engravidar

Durante a pandemia da Covid-19, o sonho de ter um filho tornou-se sinônimo de esperança para muitos casais. A procura por tratamentos de fertilização in vitro (fiv) ou de descongelamento embrionário, por casais que tinham dificuldade de engravidar, cresceu.

O aumento no número de fertilizações também foi constatado pela Anvisa, no 13º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), produzido com dados de 2019, e que reúne informações sobre a produção dos Centros de Reprodução Humana Assistida (BCTGs), também conhecidos como clínicas de fertilização ou Bancos de Células e Tecidos Germinativos. De acordo com o levantamento, em 2019 foram realizados 43.956 ciclos de fertilização, o que representou um crescimento de mais de 800 ciclos em relação ao ano anterior, quando foram registrados 36.307 ciclos.

Ao todo, 157 clínicas enviaram informações. Entre elas está a Clínica Ricardo Beck, em Curitiba, que registrou um aumento em torno de 20% na busca por tratamentos para fertilização, no último ano. Foram mais de 6 mil pacientes atendidas pela equipe do médico ginecologista e especialista em reprodução humana, Ricardo Beck. Do total, em média 18 a 20 pacientes realizaram o algum tipo de tratamento, desde maio de 2020. Em todos os casos os embriões foram gerados de forma saudável e sem complicações relacionadas ao coronavírus.

“A média de sucesso nas fertilizações é em torno de 50%. A estatística aumenta positivamente, dependendo da idade da paciente, da qualidade seminal, da qualidade embrionária, do grau de endometriose, entre outros fatores “, explica o médico ginecologista e que atua a mais de 30 anos na área de reprodução humana, Ricardo Beck. Uma das preocupações da equipe está relacionada aos efeitos que a Covid-19 poderia ocasionar no tratamento em pacientes que haviam contraído o vírus.

A embriologista, Elisângela Bohme, explica que não houve evidências negativas. “Tanto as pacientes de fertilização, quanto as de descongelamento embrionário, seguiram com os procedimentos durante a pandemia sem complicações. Aqueles que tiveram Covid-19 e vieram até a clínica depois, ou as mulheres que tiveram Covid-19 durante a gravidez, não tiveram um prejuízo gestacional nem problemas com o bebê”, afirma.

O procedimento

A fertilização in vitro é uma das técnicas de reprodução assistida mais conhecidas para aumentar as chances de uma gravidez. O médico Ricardo Beck, explica que o primeiro passo da FIV consiste na injeção de medicamentos que aumentam os níveis do FSH – hormônio folículo estimulante – na mulher, para que possa ser realizada a coleta de um alto número de óvulos. “Sob sedação, a coleta ocorre por punção ovariana que tem a agulha guiada pelo ultrassom transvaginal. Em seguida, os óvulos são colocados em um meio de cultura apropriado, em incubadora adequada, até que chegue o momento ideal para a fertilização”, explica.

Após o óvulo ser fertilizado pelo espermatozoide, o embrião começa a se desenvolver até atingir o estágio de blastocisto. Os embriões que chegam a essa fase são considerados os melhores candidatos, e a partir da análise de todos eles, os especialistas podem selecionar um número adequado de acordo com o desejo da mulher – um único bebê ou gravidez múltipla.

“É nessa etapa que acontece a transferência dos embriões. Após o procedimento, a paciente pode seguir com a rotina normal e ainda optar pelo congelamento dos embriões excedentes”, explica o médico ginecologista. O teste de gravidez é realizado após 14 dias e, caso o resultado seja positivo, a nova mamãe já pode agendar a primeira ecografia de acompanhamento. 

Vacinação da Covid-19 durante a gestação

Outra notícia positiva é que as pesquisas randomizadas apontam que as vacinas contra o coronavírus são seguras e os benefícios da imunização superam os danos de uma infecção por Covid-19. Ricardo Beck explica que a vacina é uma importante ferramenta para alcançar o resultado final da fertilização in vitro, já que o imunizante atua na proteção tanto da mãe, quanto do bebê. “Mulheres grávidas têm mais chances de apresentarem a forma grave da Covid-19, além de terem 5 vezes mais chance de necessitar de uma internação em Unidades de Cuidado Intensivo (CTIs) do que uma mulher não grávida. Por isso é essencial que a mulher se vacine para proteger a si mesma e o bebê”, finaliza.

 

 

Website: http://www.ricardobeck.com

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