São Paulo 28/10/2021 – Nós aprendemos, por exemplo, a fazer assembleias online.
A pandemia levou o setor condominial (400 mil condomínios no Brasil) a adotar a tecnologia, especialmente aplicativos. Até um passado recente, os condomínios eram menores, com menos unidades e menos conflitos. Diante dessa realidade, o professor Maurício Jovino, diretor do Centro de Capacitação de Síndicos em São Paulo, indaga: “Por que não usar a tecnologia para a gestão de condomínio?”.
Segundo Jovino, houve evolução muito grande e rápida nos condomínios com a pandemia. “Nós aprendemos, por exemplo, a fazer assembleias online. Nós vimos que é possível o morador ter ali na palma da mão um aplicativo que ele pode fazer ‘N’ coisas. E o síndico também. Ele pode fazer a gestão do condomínio dele com um aplicativo na palma da mão”.
Tecnologia
Síndico profissional durante 15 anos e diretor do Centro de Capacitação de Síndicos há 10 anos, Jovino lembra que a tecnologia já existe para pedir comida, automóvel e nada mais lógico que seja utilizada na gestão de condomínios. “Mesmo as pessoas que tinham uma certa resistência às assembleias online, aplicativos, portais, se renderam à tecnologia. Mudou o comportamento. As pessoas viram que precisam realmente de gestão, de organização, de planejamento”.
Do ponto de vista do síndico, especialmente, a tecnologia dos aplicativos pode proporcionar otimização do tempo e recursos. “Um condômino quer uma segunda via de boleto, ou fazer a reserva do salão de festas e, ainda, quer saber se chegou encomenda na portaria – o aplicativo responde instantaneamente”.
Para o professor, o aplicativo é mais do que uma ferramenta que se entrega ao síndico. “Muitos aplicativos são ferramentas para o síndico, mas não para os condôminos. A nossa ferramenta, que é disponibilizada pela ACRESCE (Associação dos Condomínios Residenciais e Comerciais), atende a ambos. Vai fazer com que a comunicação seja mais rápida, mais transparente e fique registrada, ou seja, formalizada. Vai ajudar também uma fatia que as pessoas se esquecem: os colaboradores, zelador, gerente predial, porteiro”.
Jovino critica os grupos de WhatsApp de condomínio. “Nunca dão certo. Dá briga interminável. Tem de ser uma coisa organizada, tecnológica, fácil. O que utilizamos é interessante porque é de fácil uso, totalmente interativo, as pessoas vão usando, mesmo quem nunca usou um aplicativo vai ter uma certa facilidade de usar.”
Síndico profissional
Um síndico profissional, padrão de mercado, tem em média 10 condomínios para administrar. “Se ele tem uma ferramenta dessas na mão, ele consegue administrar 10 condomínios de uma maneira fácil, rápida, barata e transparente. Você imagina ele fazendo tudo isso tendo que ir até o condomínio? O custo do combustível, deslocamento. Isso vale para o Brasil inteiro. Se der uma chuva e o trânsito parar, não se chega a lugar nenhum. Então, hoje, você tem condições de administrar o seu condomínio a distância, remotamente. E para isso nós precisamos de ferramentas como um aplicativo condominial intuitivo e interativo”.
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