Atibaia, SP 29/10/2021 – Cresce maturidade do consumidor sobre o Sistema de Consórcios e sobre a essência da educação financeira,
Em nove meses, contemplações utrapassam um milhão de consorciados com potencial injeção de mais de R$ 47 bilhões na economia
O sistema de consórcios encerrou os nove meses do ano totalizando 1,03 milhão de consorciados contemplados, 16,5% sobre 884,08 mil registrados no mesmo período do ano passado. Potencialmente, foram injetados R$ 47,30 bilhões no mercado consumidor, 22,5% acima dos R$ 38,60 bilhões anteriores.
No acumulado de janeiro a setembro, houve recorde de 2,59 milhões de adesões, 18,3% superior às 2,19 milhões anotadas em 2020. Os negócios totalizaram R$ 163,85 bilhões, contabilizando um crescimento de 43,3% sobre o fechamento do ano anterior, quando somou R$ 114,31 bilhões.
Até setembro foram anotados 8,36 milhões de participantes ativos, 9,9% maior que os 7,61 milhões do mesmo mês de 2020. O tíquete médio do mês foi R$ 64,00 mil.
Ao analisar os resultados, Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, destacou “a crescente maturidade do consumidor sobre o sistema de consórcios e sobre a essência da educação financeira. Aliás, foi também considerando este comportamento que a ABAC colocou no ar, recentemente em redes sociais, a campanha denominada Chegou a sua vez. Vai de Consórcio, com o objetivo de ampliar e consolidar o conhecimento sobre a modalidade, tendo como foco principal os jovens”.
A importância do mecanismo na economia brasileira é constatada pelos créditos concedidos e potencialmente inseridos nos mercados automotivo, imobiliário, de eletroeletrônicos e serviços. No acumulado de janeiro a setembro, quando o Sistema de Consórcios superou um milhão de contemplações, o setor de automóveis, utilitários e camionetas registrou 32,8% de presença da modalidade, isto é, um veículo a cada três comercializados por consórcio no mercado interno. Também no setor de motocicletas, houve 52,5% de participação, ou seja, uma a cada duas vendidas no país, pela modalidade.
Do total acumulado de 2,59 milhões de vendas de novas cotas, recorde no período, a distribuição setorial ficou assim: 1,09 milhão de adesões de veículos leves; 840,26 mil de motocicletas; 373,16 mil de imóveis; 135,81 mil de veículos pesados, 88,18 mil de eletroeletrônicos; e 63,42 mil de serviços. A média mensal de 287,78 mil, registrada nos nove meses, foi 18,3% acima da obtida nos mesmos meses do ano passado, quando chegou a 243,33 mil vendas.
Do acumulado de negócios que somaram R$ 163,85 bilhões, de janeiro a setembro, R$ 18,06 bilhões, somados em setembro, foi o quinto melhor do ano.
Nos 8,36 milhões de consorciados ativos, a modalidade anotou altas de 44,2% nos eletroeletrônicos e outros bens duráveis; 30,2% nos serviços; 22,1% nos veículos pesados; 18,0% nos imóveis; 7,2%, nas motocicletas; e 6,1% nos veículos leves.
“Ao observar o bom comportamento no sistema de consórcios, durante os nove meses do ano”, considera Rossi, “pode-se creditá-lo ao nível de consciência do consumidor sobre gestão das finanças pessoais apoiada basicamente na educação financeira. Depois de vivenciar as consequências da pandemia, tem havido mais atenção nas compras por impulso, adequação de compromissos aos orçamentos mensais, com práticas de planejamento a curto, médio e longo prazos, levando muitos interessados em adquirir bens ou contratar serviços via consórcio”.
Nos acumulados dos nove meses, nos últimos dez anos, notou-se que o de 2021, com 2,59 milhões de novas cotas vendidas, foi o melhor da década.
Paralelamente, ao ponderar os acumulados de contemplações dos nove meses, também durante a década, verificou-se que o recorde permaneceu ainda em 2015, com 1,06 milhão. O acumulado deste ano, 1,03 milhão, foi o segundo melhor do período.
No total de consorciados contemplados de janeiro a setembro, 1,03 milhão, estão incluídas as 441,87 mil de motocicletas; 425,85 mil de veículos leves; 63,33 mil de imóveis; 37,34 mil de serviços; 37,16 mil de veículos pesados; e 24,13 mil de eletroeletrônicos. A média mensal chegou a 114,40 mil, 16,4% sobre o alcançado no ano passado, com 98,23 mil consorciados contemplados.
O tíquete médio de setembro foi de R$ 64,01 mil. Ao contribuir diretamente para o avanço dos negócios, ficou acima dos R$ 61,44 mil em 4,2%, do mesmo mês do ano passado. Na comparação com o do mês de agosto último, registrou retração de 7,1% em relação aos R$ 68,90 mil. Comparado ao primeiro mês deste ano, R$ 57,28 mil (jan./21), esteve 11,7% maior.
No encerramento do nono mês de 2021, o sistema de consórcios atingiu 8,36 milhões de participantes ativos, o maior nos quase 60 anos de história, divididos em 81,7% no setor de veículos automotores, 13,9% nos imóveis, 2,5% em serviços e 1,9% em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis.
Ainda convivendo com as turbulências na economia brasileira, como a inflação crescente; pouca reação positiva no número de desempregados; oscilações do real perante o dólar, influenciando diretamente o preço final, por exemplo, do combustível; crise hídrica e com parcela significativa da população sem completar o ciclo de vacinação, o Sistema de Consórcios segue na contramão, alcançando crescimentos constantes.
“Nossa atual situação econômica, aliada às diferenças políticas, têm acendido sinal de alerta ao brasileiro sobre as perspectivas do país para o futuro”, adianta Rossi. “Atento com seu comportamento, mais precavido, o consumidor tem procurado evitar impulsos, seguindo as regras básicas da boa gestão das finanças pessoais. O sistema de consórcios, criado em 1962, procura estar cada vez mais ao lado do consumidor, com a ABAC disponibilizando informações e orientações que facilitem decisões”, completa.
Estimativas segundo a assessoria econômicas da ABAC
Resumo geral e setorial das vendas de novas cotas
O sistema de consórcios apresentou avanços nos resultados, com recordes nas adesões e nos negócios realizados, considerando o tíquete médio mensal, nos nove meses de 2021.
Dos seis indicadores, cinco registraram crescimento nos acumulados de comercializações: veículos pesados, com 76,7%; eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 55,0%; imóveis, com 45,9%; veículos leves, com 14,7%; e, motocicletas, com 10,0%. Somente um anotou retração: serviços, com -24,1%, que pouco interferiu no avanço geral de 18,4% nas adesões acumuladas de janeiro a setembro.
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