São Paulo, SP 21/12/2021 – Como trazer aquela informação para que o aluno tenha atitude e transforme? Essa é a função do professor.
Adoção de novas tecnologias permite o ensino híbrido
Um estudo do Instituto Península lançado em diferentes momentos da pandemia em 2020 revelou que 83,4% dos professores não se sentiam preparados para o ensino virtual com seis semanas de isolamento. Após alguns meses, outra fase da pesquisa apontou que eles estavam mais favoráveis à tecnologia e se sentindo valorizados, com 94% dos participantes indicando a tecnologia como muito ou completamente importante no processo de aprendizagem dos alunos.
Sendo a prática do ensino híbrido uma das formas de viabilizar a educação dos alunos durante a pandemia e que agora alguns de seus aspectos estão sendo readequados ao retorno 100% presencial, as escolas criaram formas de capacitar docentes com formações específicas. Investir na formação continuada dos professores – tanto para o conhecimento de ferramentas digitais, quanto para metodologias ativas específicas adaptadas aos diferentes contextos escolares – ao longo dos anos 2020 e 2021 por conta da pandemia é uma forma de acreditar que a tecnologia digital deve fazer parte do cotidiano da escola.
Há anos, a tecnologia digital já era um complemento às atividades pedagógicas, sendo aplicada de forma esporádica. Hoje, ela é o principal fio condutor para viabilizar o ensino-aprendizagem nas escolas. O uso de recursos tecnológicos digitais combinados a metodologias ativas permitem o acompanhamento da aprendizagem do aluno ao longo do processo e o professor assume papel fundamental na mediação e curadoria da informação. Mais do que unir o aprendizado presencial e o virtual, as instituições priorizam personalizar os estudos.
O uso de uma plataforma digital otimiza o tempo didático em sala e os dados gerados sobre a aprendizagem dos estudantes ajudam na análise e no planejamento dos passos seguintes. “Essas informações nos facilitam, pois precisamos de bastante tempo em sala para promover discussões com o aluno, incentivá-lo e motivá-lo para que ele construa seu pensamento crítico”, avalia Marco Malzone, professor de matemática dos 6ºs aos 8ºs anos do Colégio Franciscano Pio XII.
Malzone afirma que, no dia a dia em sala de aula, quando o aluno utiliza a internet para alguma atividade, a mediação do professor faz-se necessária, assim como a troca com o par e momentos de interação para a prática do aprendizado. “Só o acesso à informação não resolve. É preciso ter uma mudança de mentalidade. Como trazer aquela informação para que o aluno tenha atitude e transforme? Essa é a função do professor”, finaliza.
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