Goiânia 10/12/2021 – Essa relação de oferta e demanda dos químicos, somado ao alto custo de produção, tem reforçado a aceitação das tecnologias e manejos sustentáveis
Com a crise dos fertilizantes agrícolas e o alto custo de produção, as técnicas naturais de adubação ganham mais espaço no campo
A bandeira da sustentabilidade tem ganhado cada vez mais força na agricultura brasileira. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontam que, no ano passado, a área agrícola financiada pelo Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) cresceu 47%. O levantamento do Mapa mostra ainda que a recuperação de pastagens degradadas, que soma 372,5 mil hectares, é a tecnologia mais buscada pelos produtores rurais para financiamento pelo programa.
Além dessa maior conscientização por parte dos produtores rurais, a atual situação dos fertilizantes químicos reforça ainda esse cenário sustentável. A escassez de matéria prima importada da China vai afetar os mercados de fosfatados e nitrogenados. A importação dessas matérias soma 85%, o que afeta a produção de Fertilizantes no Brasil e nos deixa dependente de importação.
“Essa relação de oferta e demanda dos químicos, somado ao alto custo de produção, tem reforçado a aceitação das tecnologias e manejos sustentáveis”, como analisa o mestre em agronomia e coordenador técnico da Tratto Agro, Saulo Brockes. Segundo ele, há diversas técnicas que podem ser utilizadas no campo visando otimizar a produtividade e qualidade da lavoura.
Usualmente, a qualidade do solo agrícola é considerada sob três aspectos: físico, químico e biológico, que estão integrados. Saulo destaca que umas das formas de melhorar a qualidade do solo é a adoção de práticas de cultivo sustentável, que evitam ou praticamente excluem o uso de fertilizantes e defensivos sintéticos. “Dessa maneira, procuramos substituir insumos importados por aqueles encontrados na propriedade ou na região”, diz.
O agrônomo Saulo Brockes acrescenta que os sistemas agrícolas que mais favorecem a qualidade do solo são aqueles que cultivam plantas intensamente, de preferência de espécies diferentes. “Além disso, o produtor também pode adotar práticas como a rochagem para remineralização do solo, calagem para correção da acidez, utilização de bioinsumos com os organominerais para nutrição e a inoculação de microorganismos no solo”, explica ele.
Resultados no campo
O produtor rural Alexandre Ceresa, de Piracanjuba (GO), tem usado o manejo sustentável há dois anos e os resultados, segundo ele, tem sido surpreendentes. “Tivemos um retorno excelente com uso das técnicas sustentáveis, conseguimos diminuir o custo de produção, aumentar a produtividade e ainda remineralizar o solo, devolvendo tudo que foi retirado durante anos”, conta.
Cláudio Leão, de Rio Verde, também é adepto da bandeira sustentável. Segundo ele, a utilização dos pós de rocha, como o Fino de Micaxisto (FMX), possibilita diminuir ou até mesmo eliminar o uso dos químicos e ainda melhorar o solo. “Com isso, o produtor rural vai criando, ao longo do tempo, autonomia, diminuindo o seu custo e produzindo com sustentabilidade”, avalia ele.
Website: https://trattofmx.com.br/
Com objetivo de alocar equipes em outros negócios de forma a compreender a realidade da…
Pesquisa indica percentual de mulheres à frente dos negócios e revela participação feminina como maioria.…
O Plenário do STF julgou a ADI 5322 em junho de 2023; advogado comenta as…
ADI 5322 altera diretriz que excluía o tempo de espera para carga e descarga do…
Especialista do Grupo Riopae evidencia as principais diferenças entre os dois métodos de despedida e…
Levantamento do Ministério da Previdência Social indicou crescimento no número de benefícios concedidos pelo Instituto…