15/12/2021 – O arrendamento surge como uma boa possibilidade para expandir as áreas de produção sem demandar altos custos iniciais com a compra de fazendas
Alta acompanha a valorização do preço de terras, com a maior cotação em 20 anos; especialista dá Goyás Fazendas explica as características do arrendamento para arrendadores e arrendatários
Com a alta das cotações dos produtos em reais e o aumento do número de sacas de soja por hectare, o arrendamento de terras teve forte valorização nos últimos meses. Conforme o mais recente estudo da consultoria IHS Markit sobre o assunto, o aluguel da terra para grãos nas principais regiões do Brasil aumentou, em média, 72% em 12 meses, até dezembro de 2020.
A alta nos arrendamentos acompanha os índices do preço de terras, que conquistaram a maior cotação em 20 anos, ainda segundo o balanço da IHS Markit. A adição, de quase 18% nos preços médios em 12 meses até abril, foi mais expressiva na cultura de grãos, com um acréscimo de cerca de 30% em 12 meses até abril na média brasileira.
Givago Alvarenga, engenheiro especialista em infraestrutura e agricultura orgânica, fundador e CEO da Goyás Fazendas, startup e imobiliária especializada em fazendas, observa que a tendência de alta no arrendamento de terras no país tem uma relação direta com o crescente número de produtores e investidores que esperam prosperar com o menor investimento possível.
“Comprar terras, neste momento, demanda um capital bem maior em comparação ao arrendamento. Além disso, cada vez mais, a modalidade tem sido a opção escolhida também por aqueles que possuem capital, mas desenvolveram uma estratégia de crescimento que não prioriza a aquisição do ativo terra”, complementa.
Prática legalizada pelo Estatuto da Terra – regulamentado pela Lei 4.504/64, que traz os direitos e deveres das partes envolvidas -, o arrendamento para o agronegócio pode ser integral ou parcial. “Via de regra, o contrato deve estabelecer prazos que podem variar de acordo com o tipo de atividade produtiva e do estado físico da terra. A título de exemplo, na cultura de grãos, o prazo mínimo de arrendamento é de três anos”, explica o empresário.
Bom investimento para arrendadores e arrendatários
Alvarenga acredita que, dado o cenário econômico de crise financeira, o arrendamento de terras agrícolas ou destinadas à pecuária pode se configurar em um bom investimento para arrendadores e arrendatários. “Especialmente para quem está começando ou ampliando sua área de atuação, o arrendamento surge como uma boa possibilidade para expandir as áreas de produção sem demandar altos custos iniciais com a compra de fazendas”.
A respeito das regiões do país em que a tendência se apresenta mais forte, Alvarenga explica que o Sul tem as regiões valorizadas, já que o custo de arrendamento é superior, possibilitando um rendimento maior para quem arrenda.
“Além disso, também ganham destaque regiões de expansão da soja, como Tocantins e Pará, onde a maioria se encontra em pasto para transformar em lavoura. Nestes locais, os arrendatários podem conseguir anos de carência e uma negociação melhor para produzir. Por isso, além de bom para o arrendatário, o negócio é positivo para quem arrenda, pois valoriza a fazenda”, complementa.
Para o fundador e CEO da Goyás Fazendas, os arrendamentos mais procurados e com mais oferta são para produção de soja e milho, commodities muito requisitadas e com alta valorização no mundo todo.
O estado do Paraná deve produzir 25,37 milhões de toneladas de grãos na safra de verão 2021/2022, em uma área de 6,2 milhões de hectares, conforme estimativa do Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. “Neste cenário, ganha destaque o crescimento da soja, que representa 82% de toda a produção de grãos da safra verão paranaense, com a previsão de uma produção de 20,8 milhões de toneladas, 6% superior ao total colhido na safra 2020/2021”, reporta.
Na análise de Alvarenga, estes são os tipos de plantação cujo arrendamento de terras se mostra mais viável e lucrativo, o que não tira o valor de outras culturas. “Para diversos casos, o arrendamento se configura um investimento seguro, rentável e promissor para arrendadores, arrendatários e para o agronegócio brasileiro como um todo”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: https://goyasfazendas.com.br/
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