Categories: noticias-corporativas

Discriminação no trabalho é desafio para a governança corporativa

6/1/2022 –

COP26 discutiu como implementar práticas de ESG nas instituições governamentais e privadas, mas o desafio destas empresas é grande no que diz respeito à discriminação no trabalho

Governos e instituições privadas do mundo todo têm buscado se adaptar às novas demandas globais relacionadas tanto ao meio ambiente e maneiras sustentáveis de explorar recursos quanto às práticas de inclusão e não discriminação de grupos socialmente excluídos. Um dos maiores eventos relacionados ao tema foi a COP26, realizada em novembro deste ano, contando com a participação de diversas lideranças governamentais de todo o globo e tendo como responsável pela fala inaugural do evento a liderança jovem indígena Txai Suruí, representante do povo Paiter Suruí e coordenadora do movimento da Juventude Indígena de Rondônia.

Além dos aspectos relacionados ao meio ambiente e gestão de recursos naturais, a COP26, assim como diversos eventos ao redor do mundo, visa apontar métodos mais transparentes no que diz respeito à relação entre membros da sociedade civil e instituições públicas e privadas, levando em consideração as práticas de ESG (Enviromental, Social and Corporate Governance), que em português pode ser traduzido para “Responsabilidade ambiental, Social e Governança Corporativa”. Muitas metas que as ESG buscam alcançar têm a ver com conflitos cotidianos que se passam no Brasil, como a discriminação racial, de gênero e de orientação sexual, sofrida pelos trabalhadores de diversos setores.

De acordo com matéria da Folha de S.Paulo, o crescimento do número de denúncias de discriminação foi de 31% de 2019 para 2020, somando 181 denúncias. Muitas delas estão relacionadas à discriminação racial sofrida por parte dos trabalhadores. Em Santa Catarina, o Ministério Público do Trabalho apurou que 30% das denúncias de discriminação racial envolvem haitianos, congoleses e senegaleses. Um caso de impacto nesse sentido diz respeito à violência física sofrida pelo haitiano Djimy Cosmeus, que teve seu corpo imobilizado por três seguranças dentro das dependências da fábrica da BRF, indústria de carnes. Após o questionamento de um colega sobre o abuso, um superior respondeu: “Não é abuso, é disciplina”, informa a matéria da Carta Capital.

Mas, não é só no campo da discriminação racial que uma governança corporativa preparada está ausente. Um dos grandes fatores de assédio dentro dos ambientes de trabalho é a homofobia e a transfobia. Acrescenta-se aqui o fato de 41,53% da população LGBTQIA+ estar em situação de vulnerabilidade alimentar devido à falta de inclusão social e laboral. Um caso que exemplifica esse problema aconteceu em agosto deste ano, quando a Juíza Katarina Roberta Mousinho de Matos Brandão, da 4ª Vara do Trabalho de Brasília, pediu que uma indenização no valor de R$ 100 mil fosse paga para um trabalhador homossexual que foi tratado de forma vexatória, excludente e indigna por parte da empresa que o discriminou. 

Ferramenta contra discriminação

Todavia, nem sempre os profissionais conseguem provar esse tipo de conduta abusiva por parte de seus superiores, como exemplificado nos casos acima. Muitas das vezes, devido à sua condição social e vulnerabilidade econômica, muitos trabalhadores não veem saída e acabam por não denunciar tais ações. No entanto, alguns mecanismos são capazes de garantir o sigilo e a manutenção da justiça dentro dos ambientes de trabalho, como relata Wagner Giovanini, Sócio e Diretor da Contato Seguro: “O canal de denúncias permite trazer à tona fatos normalmente distantes dos olhos da direção e, com isso, possibilita à empresa corrigir situações indesejadas, como furtos, fraudes, assédios, irregularidades e ilicitudes em geral”.

Giovanini ressalta que tal ferramenta colabora para o fortalecimento da cultura ética nas organizações, ética essa corroborada pela conduta da maioria, colaborando para o que ele chama de “controle social”.  “Assim sendo, contando com funcionários devidamente orientados e sensibilizados, os desvios de conduta são relatados no canal e, com uma pronta ação da empresa, tais situações tendem a diminuir progressivamente. Como consequência, o ambiente de trabalho melhora e as pessoas percebem essa mudança rapidamente. Um benefício enorme, sentido por todos: empresa, funcionário e sociedade”, afirma o Diretor.

Para saber mais, basta acessar: https://www.canaldaetica.com.br/

Website: https://www.canaldaetica.com.br/

Compartilhe
0
0
DINO Agência de Notícias Corporativas

Agência de notícias corporativas. Conteúdos publicados em rede de parceiros online. Na lista de parceiros estão grandes portais, como os casos do Terra, do Metrópoles e do iG. Agência Estado e Agência O Globo também fazem parte desse time, assim como mais de uma centena de sites e blogs espalhados país afora.

Recent Posts

Executivos debatem sobre papel dos dados e IA nas empresas

O Data & AI for Business, evento que conta com a parceria da Microsoft e…

13 horas ago

Técnica Safe Lips reduz riscos no preenchimento labial

Com aplicação precisa e menos invasiva, a técnica traz mais segurança usando cânulas em vez…

13 horas ago

Por ‘net zero’, cimenteira Lafarge Canada investe em automação

Fábrica de cimento da empresa em Kingston, Canadá, terá novo controle de processos; sistema vai…

13 horas ago

Expolog debate tendências da logística, agronegócio e equidade de gênero

Evento dá início à sua 19ª edição com presença do embaixador do Panamá, Flavio Gabriel…

13 horas ago

Brasileiros buscam exclusividade com viagens personalizadas

As viagens personalizadas têm conquistado os brasileiros, que buscam experiências exclusivas e flexíveis, com roteiros…

13 horas ago

Especialista esclarece benefícios da lavagem nasal

Simples e eficaz, a lavagem nasal contribui para uma respiração mais saudável. Especialista esclarece como…

13 horas ago