São Paulo 27/12/2021 – Muitas empresas de streaming surgiram apenas para aproveitar o cenário de pandemia
Eventos online cresceram cerca de 300%, afirma estudo.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços foi o mais afetado na pandemia. Foram poucos os negócios que conseguiram expandir seu faturamento, como é o caso das plataformas de streaming para eventos online. O termo se refere à distribuição de conteúdo pela internet em que o usuário não precisa fazer o download para acessar o material.
A crise gerou um impacto negativo em 70% das empresas brasileiras, de acordo com o IBGE. No entanto, o setor de streaming tem se fortalecido, abrangendo serviços de distribuição de conteúdos de texto, arquivos editáveis e jogos. Entre as principais empresas do segmento estão a Netflix, Spotify, YouTube e Amazon Prime Video.
De acordo com o CEO da plataforma Zoeweb, Samuel Victoy, “o streaming iria chegar às empresas mais cedo ou mais tarde. A pandemia apenas acelerou o processo”. Dados levantados pela Finder apontam o Brasil como o 2º país que mais consome streaming no mundo, com 64,58% da população assinando pelo menos um serviço do tipo. O país fica atrás somente da Nova Zelândia, que contabiliza 65,26%, e na frente da Irlanda com 63,19%.
O cenário de distanciamento social na pandemia impulsionou a adesão do streaming entre os negócios principalmente para transmissões ao vivo. No entanto, Samuel Victoy explica que o fortalecimento do streaming focado nas empresas não foi tão simples. “Da mesma forma que aconteceu um crescimento repentino na demanda, houve também um aumento da oferta desses serviços. Muitas empresas de streaming surgiram apenas para aproveitar o cenário”.
Segundo a Tech Jury, 63% das pessoas com idade entre 18 e 34 anos assistem transmissões ao vivo regularmente. Nos últimos anos, a indústria de transmissão ao vivo cresceu 99% e a expectativa é que o mercado de streaming chegue a valer mais de US$247 bilhões em 2027.
De acordo com pesquisa do LinkedIn, cerca de 93% dos entrevistados acredita que os eventos online devem continuar no futuro. Para 79%, as atividades nesse formato trouxeram retornos maiores que o modelo presencial e 85% dos pesquisados pretendem organizar eventos híbridos no futuro. Segundo estudo realizado pela Even3, o setor de eventos online cresceu cerca de 300% durante a pandemia.
Como consequência das condições trazidas pelo distanciamento social, os serviços de streaming para as empresas devem se fortalecer no mercado. De acordo com o levantamento do LinkedIn, cerca de 90% dos entrevistados viram nos eventos online oportunidades inexistentes no modelo presencial.
Com os dados apontando para um crescimento do setor, o CEO da Zoeweb afirma que as empresas de streaming também deverão fazer maiores investimentos para atender a demanda. “Expandimos em cerca de 500% nossa atuação. Aumentamos nossa sede, quadro de colaboradores e estamos investindo ainda mais em tecnologia. Tanto as plataformas quanto as empresas devem se preparar para as tendências que o mundo pós-pandemia tem apontado, incluindo a integração entre o online e o presencial”, explica Samuel.
Um estudo da VM Consultoria e SSK Análises aponta que 83% dos organizadores de eventos já trabalham com o modelo híbrido. O tipo com transmissão com público remoto é o mais utilizado, contabilizando 69% dos eventos no formato. Segundo pesquisa apresentada pelo Statista, os eventos híbridos têm se mostrado cada vez mais atrativos. Realizado em dez países, o levantamento apontou que no Brasil 59% das pessoas preferem o formato se comparado a outros modelos.
Para Samuel Victoy, a transmissão de eventos híbridos e online deve se popularizar entre as empresas ainda mais nos próximos anos, independente do tamanho ou segmento do negócio. “Com as pessoas conhecendo melhor sobre o streaming, com certeza vamos ver os pequenos negócios usando mais a tecnologia”. De acordo com levantamento do LinkedIn sobre eventos B2B, o retorno financeiro de eventos online é maior que os presenciais para 79% dos entrevistados. O estudo mostrou que 93% dos participantes acreditam que os eventos online devem continuar nos próximos anos, e 85% desejam organizar versões híbridas no futuro.
O estudo da VM Consultoria e SSK Análises apontou que a expansão da audiência é o principal motivo para a realização de eventos híbridos. Entretanto, Samuel ressalta que tanto os organizadores quanto as plataformas devem se atentar ainda mais para questões como interatividade, estabilidade e facilidade de acesso. Segundo o levantamento, para 82% dos organizadores de eventos a qualidade de transmissão é decisiva para a contratação de uma plataforma.
A interatividade também é um fator relevante para 62% dos entrevistados, com o engajamento sendo uma das principais métricas de avaliação de resultados. “O streaming permite fazer transmissões de qualquer lugar para todo o mundo. Ou seja, com tantas possibilidades, cada projeto deve atender características e demandas de recursos específicos”, reforça o CEO da Zoeweb.
Website: http://www.zoeweb.com.br
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