São Paulo, SP 10/2/2022 – Pesquisa feita em parceria com a USP e a OPAS/OMS mapeou a oferta de médicos no país e revelou também que as mulheres serão maioria entre os médicos.
Novos médicos já são parte de geração que demanda mudanças na formação, incluindo o desenvolvimento de soft skills
Estudo do Ministério da Saúde publicado em julho de 2021 apontou que a idade média do médico brasileiro vai decrescer, com mais jovens médicos integrando o mercado de trabalho. Segundo as projeções, até 2030, mais de 80% dos médicos terão entre 22 e 45 anos. A pesquisa, feita em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), mapeou a oferta de médicos no país e revelou também que, em nove anos, as mulheres serão maioria entre os médicos.
Ainda segundo o estudo, o aumento de médicas mulheres está também atrelado à mudança da pirâmide etária brasileira. Os dados da pesquisa mostram a correlação entre os dados de gênero e idade: em 2020, a faixa etária entre 51 e 55 anos tinha proporção semelhante de médicos e médicas, enquanto na base da pirâmide (jovens), havia 12% a mais de mulheres atuando na profissão.
O estudo resultou no ProvMed 2030, relatório que tem o objetivo de mapear as necessidades de médicos e especialistas no Brasil, além de possibilitar a proposição de políticas de formação e gestão de recursos humanos para o mercado de trabalho da medicina, de acordo com o informe do Ministério da Saúde. A análise permitiu, por exemplo, identificar a necessidade de mudanças nas qualificações e formações educacionais dos profissionais médicos.
Marcus Carvalho, médico e CEO da Sucesso Médico, empresa de mentoria médica, comenta que a formação dos novos profissionais de medicina está sendo impactada por essas mudanças identificadas no ProvMed 2030. Ele explica que “as tecnologias, tratamentos, exames e diagnóstico na medicina avançam cada vez mais rápido e a inovação é uma constante”. Além disso, continua, “o desenvolvimento de habilidades dos profissionais médicos é parte importante desta cadeia. Os médicos se formam ainda pouco desenvolvidos em soft skills, tão importantes para o resultado profissional”.
Habilidades interpessoais
Pesquisa feita pelo Fórum Econômico Mundial relata que as soft skills são a tendência para o mercado de trabalho. Segundo a pesquisa, aos profissionais do futuro já não convêm apenas as habilidades técnicas adquiridas através de sua formação. A mesma pesquisa também mostra que as hard skills (capacidades técnicas) são essenciais para todo e qualquer currículo, pois formam a base de qualquer profissional. Enquanto as soft skills (habilidades interpessoais) são as ferramentas que possibilitam ao profissional alcançar a diferenciação no mercado.
Para Marcus, habilidades como desenvolvimento pessoal, comunicação/marketing, negociação, planejamento com criatividade, inovação e aprendizado constante são importantes soft skills a serem desenvolvidas.
“É essa população mais jovem, parte desse novo cenário do mercado de trabalho, que precisará se atentar às mudanças do mercado de saúde e ao empoderamento do cliente-paciente, exigindo uma formação de médicos com novas habilidades, principalmente nas soft skills apontadas”, finaliza o Dr. Marcus.
Para mais informações, basta acessar: https://sucessomedico.com/mentoria-03/
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