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OCDE aponta que 21% dos brasileiros possuem Ensino Superior

Apenas 21% dos jovens brasileiros, entre 25 e 34 anos, concluíram o Ensino Superior, segundo o levantamento ‘Education at Glance’, elaborado pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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São José dos Campos, SP 7/1/2022 – O estudo aponta que o Brasil tem a média mais baixa entre os países analisados na América Latina.

Apenas 21% dos jovens brasileiros, entre 25 e 34 anos, concluíram o Ensino Superior, segundo o levantamento ‘Education at Glance’, elaborado pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Apenas 21% dos jovens brasileiros, entre 25 e 34 anos, concluíram o Ensino Superior, segundo o levantamento Education at Glance, elaborado pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado no final de 2021.

O estudo aponta que essa é a média mais baixa entre os países analisados na América Latina: Argentina (40%), Chile (34%), Colômbia (29%) e Costa Rica (28%). A média entre os países pertencentes à OCDE é de 44%. 

Apesar de o Brasil possuir a menor taxa, o país apresentou melhora nos últimos 10 anos. Em 2011, o número de brasileiros nessa faixa etária com diploma de graduação era de 18%.

O levantamento também indica que, dos alunos que ingressam no Ensino Superior, somente 33% conseguem terminar o curso de graduação no tempo esperado. E um terço daqueles que não se formaram no período previsto, após três anos, abandonam o curso sem concluí-lo. 

Mulheres são a maioria no Ensino Superior

O estudo mostrou que, com o aumento do acesso ao Ensino Superior, mulheres tiveram uma participação maior do que homens. Além disso, elas possuem uma alta taxa de conclusão do Ensino Superior (82%).

A escolaridade também é um fator importante para oportunidades no mercado de trabalho, principalmente para mulheres. No Brasil, a taxa de emprego geral para aqueles que possuem Ensino Fundamental completo é de 59%, o Ensino Médio aumenta para 72%, já a graduação eleva a taxa para 83%. 

O estudo também aponta que 82% das mulheres brasileiras com diploma do Ensino Superior estavam empregadas, o número cai para 63% no Ensino Médio e 45% no Fundamental. Para os homens, a porcentagem é de 89%, 84% e 76%, respectivamente.

Brasileiros param os estudos na graduação

O levantamento também descobriu que, ao terminar os estudos da graduação, o brasileiro não passa para as próximas etapas de estudo. No País, apenas 0,84% dos jovens entre 25 e 64 anos com Ensino Superior completo possuem mestrado, a média da OCDE é de 14,33%. 

Já no doutorado a média brasileira é de 0,11%, uma grande diferença da média da Organização que é de 0,84%. 

O acesso ao mercado de trabalho para os brasileiros que possuem graduação, mestrado e doutorado é, respectivamente, 86%, 73% e 83%. A média mundial aponta que quanto maior o nível de estudo, maiores são as oportunidades: 83% (graduação), 87% (mestrado) e 90% (doutorado).

Investimentos em educação

O gasto público com o Ensino Superior brasileiro é de 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa média é maior que a dos países da OCDE (4,4%), mas ainda assim é menor do que países desenvolvidos (Suécia 5,8%; Bélgica 5,7%; Finlândia 5,8% e Noruega 7,2%).

Entretanto, isso não reflete no valor gasto por aluno em instituições públicas, que é um dos mais baixos dos países membros da OCDE no Ensino Superior. Enquanto o Brasil gasta US$ 14.200,00, a média é de US$ 16.100,00.

No Ensino Fundamental e Médio essa disparidade é ainda maior. Segundo o levantamento, o Brasil gasta US$ 3.800,00 e a média da Organização é de US$ 9.300,00.

Salário do professor

Camila de Moraes, analista de educação da OCDE, afirmou que o baixo valor investido na Educação Básica pode estar relacionado aos baixos salários pagos aos profissionais da área da educação, em especial, professores.

A média do valor pago anualmente (US$ 14.775), com base no piso salarial anual, é menor do que a maioria dos países da OCDE (US$ 34.540), só ganhando da Letônia.

Além disso, esses professores brasileiros precisam lidar com turmas maiores, cerca de 28 alunos por sala, do que a média da OCDE (23), mas menos do que outros países da América Latina como, por exemplo, Colômbia (31), Chile (29) e Costa Rica (35).

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DINO Agência de Notícias Corporativas

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