17/2/2022 –
Infinito Brasileiro é um lançamento da plataforma de streaming e traz nessa temporada uma visão do artista sobre as diferentes culturas e identidades brasileiras
O Brasil, esse país com tantas culturas, é explicado na nova minissérie Infinito Brasileiro. Com produção da Casa do Saber e disponível exclusivamente na plataforma de streaming Casa do Saber +. A primeira temporada traz o icônico Gilberto Gil.
A produção marca o início de uma nova etapa da Casa do Saber: com entretenimento e informação, séries e minisséries passam a integrar o catálogo de conteúdos qualificados, característica já conhecida pelos cursos tradicionais da Casa. No final do ano passado, a instituição lançou sua plataforma de streaming com mais de 180 cursos, uma forma de, também, democratizar o acesso aos cursos tão requisitados produzidos pela Casa do Saber. “Nessa nossa nova fase digital, estamos direcionando os esforços para duas principais frentes. A primeira é investir em tecnologia que assegure que a experiência na plataforma seja cada vez melhor para o assinante. Aliado a isso, mantemos um rigor na produção de conteúdo, garantindo a disseminação de conhecimento através de uma experiência prazerosa. Nosso público, em sua maioria, busca desenvolvimento pessoal nas mais diversas áreas, como filosofia, psicanálise, história, arte e negócios. O conteúdo com Gil celebra o início de um ano que iremos falar muito sobre o Brasil”, conta Renata Nardi, Diretora de conteúdo da Casa do Saber.
Infinito Brasileiro, com Gilberto Gil
Na minissérie, composta por três episódios com cerca de 30 minutos cada, Gil relembra alguns momentos de sua vida e carreira, oferecendo um panorama sobre nossa cultura, além de relatar como a sua carreira também influenciou mudanças importantes no cenário musical brasileiro.
Em Brasil Profundo, o primeiro episódio da série, Gil fala sobre sua infância e adolescência. Dos alto-falantes que entoavam canções de Luiz Gonzaga pelas ruas de Ituaçu às influências culturais e religiosas de Salvador, Gilberto Gil traz ao público diversas curiosidades que permeiam a sua trajetória como artista e se misturam com contextos dos anos 50. Foram essas vivências cotidianas que também o colocaram em contato com o acordeom, primeiro instrumento que aprendeu a tocar ainda na adolescência. Gil também relata os ritmos que nasceram pelas mãos de Gonzaga e como eles se uniram aos sons mais praianos de Dorival Caymmi para fundir um novo estilo pelo talento de Gilberto Gil.
No segundo episódio, Brasil Moderno, Gil relata como a revolução da Bossa Nova e influências do mestre João Gilberto colocaram o violão em sua vida, além de contar sua relação com os instrumentos e estilos musicais. A guitarra elétrica, muito tocada por Jimi Hendrix nos Estados Unidos, ganha acordes de reggae nas mãos de Gil. Nessa mesma época, a Jovem Guarda do Brasil crescia com sentimentos e vontades similares ao rock dos Beatles em Londres.
Por fim, no episódio Brasil Utópico, o último da minissérie, Gil relembra um Brasil que recebe influências de diversas partes do mundo criando um pluralismo acentuado. Em uma passagem importante, o Carnaval é mencionado como “criação do Brasil”, sendo uma festa única e invejada por outros países. “O fato de que esses povos todos se reuniram aqui, em um lugar exuberante, em um território fértil e com abundância de tudo – benefícios para o corpo, benefícios para a alma, com o desenvolvimento de várias linguagens. Tudo isso desembocou em novas formas de celebração, em novos rituais, em novas ritualizações para dar conta de descrever essa variedade de encontros, esses modos tão diversos. E o Carnaval é o momento em que isso tudo se junta”, diz Gil.
O roteiro dos episódios mescla momentos de entrevista com Gilberto Gil, imagens de cobertura de diversos acervos brasileiros e do próprio músico, além de incluir a apresentação acústica de três música: Procissão, Eu Vim da Bahia – ambas no primeiro episódio-, e Tempo Rei, no terceiro capítulo. Produção, direção, roteiro, edição são da Casa do Saber.
Serviço:
Infinito Brasileiro com Gilberto Gil
Acesso: exclusivamente via plataforma de streaming Casa do Saber +
Episódios:
- Brasil Profundo – Ituaçu, cidadezinha no interior da Bahia, foi onde Gil nasceu, e onde nasceu seu som. Pelas ruas, se escutava Luiz Gonzaga nos alto-falantes, o que o levou ao acordeom e, depois, a Salvador. Os ritmos regionais do Nordeste, baião, xote, os sons do afoxé, se fundiram com aquela Bahia inventada por Dorival Caymmi, que se esparramava por todo o Brasil. Foi a primeira grande mudança de eixo de Gil, mas Ituaçu permaneceu sua grande base musical e cultural — um pequeno reflexo do país, que opõe, estica e mistura a matriz beira mar e a matriz sertão.
- Brasil Moderno – O que é modernizar? Para Gil, é transgredir, sobrepor camadas culturais e fazer ressoar — e nada ressoa mais do que a música, em sua opinião. Direto de Salvador para o Rio de Janeiro, fez uma troca do acordeom pelo violão diante da revolução da Bossa Nova, recebendo influências de mestres como João Gilberto. O Brasil, já de olho nos Estados Unidos e Inglaterra, também abriu alas para a guitarra. O baiano mergulhou no rock dos Beatles e no reggae de Bob Marley, juntando-se a nomes da Jovem Guarda na construção de uma nova camada de modernização.
- Brasil Utópico – O projeto de civilização que existe no mosaico cultural do Brasil se apresenta com altos e baixos. Uma herança colonizadora contrasta com o nascimento de novos rituais jamais vistos no resto do mundo, como o Carnaval, e movimentos poderosos e frescos, como o Tropicalismo. Gil destaca que é o fato de que todos esses povos se reuniram neste lugar, fazendo manifestações culturais diversas, que produz esses fenômenos. Após mais de meio século de produção, ele se vê como acervo de tudo isso. Um desses elementos constitutivos da vida afro-baiana-brasileira, que nos ajuda a pensar: quem somos? E para onde queremos ir?
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