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Custo da construção tem alta de 0,72% em janeiro

São Paulo, SP 23/2/2022 – É um processo que elimina altos custos com transporte de estrutura, pois é executado no próprio canteiro.

Apesar de aumento percentual menor em relação ao mesmo período do ano passado, o custo ainda é alto em relação ao período pré-Covid-19, segundo o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) divulgado pelo IBGE e Caixa Econômica Federal. Nos últimos 12 meses, o custo teve aumento de 17,17%.

Nos últimos dois anos, construir ficou mais caro no Brasil. Até dezembro de 2019, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficava entre 3% e 4,5%, anualmente, conforme pontuou a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Mas, a partir de 2020, os índices alcançaram patamares não vistos nos últimos cinco anos. Em janeiro de 2022, o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 17,7%. No percentual individual para o mês, o aumento foi de 0,72%. Em janeiro do ano passado, o índice ficou em 1,99%.

Em relação a dezembro de 2021, porém, houve aumento de 0,20 ponto percentual, segundo o IBGE. O aumento verificado em janeiro deste ano representa uma leve pressão sobre os preços, especialmente dos materiais. Para obras comerciais de grande porte, como hospitais, shoppings, galpões logísticos, o custo alto impacta no planejamento de novos empreendimentos desses segmentos. Para quem precisa construir e busca economia, uma opção são as estruturas pré-moldadas executadas diretamente no canteiro de obras.

O engenheiro civil Rawlison Fernandes Santiago afirma que, além da redução de custo, outras vantagens desse tipo de construção são a redução do tempo, de impacto ambiental e de riscos com segurança no canteiro de obra. “É um processo que elimina altos custos com transporte de estrutura, pois é executado no próprio canteiro. Ao invés de comprar esta estrutura pronta de uma fábrica e ser transportada em diversas carretas até a obra, a executamos no próprio canteiro, eliminando o custo do transporte das peças, que normalmente pesam muitas toneladas”, disse.

Santiago reforça que a produção do pré-moldado no canteiro de obras – ou in loco – possibilita também a eliminação de gastos com escoramentos e formas de madeira, uma vez que é executado em uma única forma metálica, que vai sendo alterada de acordo com o tipo de peça a ser produzida. Esse processo reduz o uso de madeira e gera menos impacto no meio ambiente.

Outra vantagem, segundo o profissional que tem mais de 12 anos de experiência na área de construção civil, é a economia de tempo na execução da obra. “No quesito tempo, enquanto se está executando a fundação da obra (que é a parte que fica enterrada), as peças já vão sendo produzidas e verticalizadas no processo de montagem, ganhando velocidade na execução. Além da redução do tempo, também se reduz o custo com materiais e mão-de-obra”, reforça o engenheiro, acrescentando que as estruturas pré-moldadas in loco também possibilitam uma obra mais limpa, reduzindo risco com segurança dos trabalhadores.

Segundo entidade, 2021 foi marcado pelo aumento persistente do custo da construção

Estudo divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), divulgado em dezembro passado, mostrou que o setor registrou aumentos “persistentes” ao longo de todo ano de 2021, gerando um aumento do custo total em 13,46%, especialmente entre janeiro e novembro. O indicador alcançou seu maior patamar desde 2003. O estudo, que também apresentou o cenário para 2022, foi realizado em parceria com a Ecconit Consultoria.

Segundo a entidade, “desde o início do segundo semestre de 2020 os materiais de construção vêm registrando forte aceleração. O INCC Materiais e Equipamentos registrou aumento de 42,25% de julho de 2020 a novembro deste ano. Neste período, os insumos que apresentaram as maiores elevações foram:  vergalhões e arames de aço ao carbono (+92,44%), condutores elétricos (+72,10%), tubos e conexões de PVC (+69,09%), eletroduto de PVC (+53,94%), esquadrias de alumínio (+44,40%), compensados (+43,32%), produtos de fibrocimento (+39,53%) e tijolos e telhas cerâmicas (+38,75%)”.

Apesar disso, o ano passado não foi de todo ruim, segundo a entidade, e registrou até mesmo alguns avanços. Um deles foi a criação de empregos com carteira assinada, com criação de 282 mil novos empregos formais no setor, totalizando 2,4 milhões de trabalhadores, patamar que não era alcançado desde 2016.

Para este ano, o estudo projeta um crescimento de apenas 2% na construção, caso a economia do país cresça entre 0,5% e 1,0%. A estimativa de crescimento é inferior a 2021 e se deve, segundo a CBIC, à alta das taxas de juros dos financiamentos, à queda do poder de compra da população e ao mercado de trabalho fragilizado.

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DINO Agência de Notícias Corporativas

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