7/3/2022 – O programa ainda consegue gerar conversa em torno de temas relevantes e mantém o seu engajamento alto nas redes sociais e plataformas multicanais
Primeiro mês do reality conquistou a média de 22,4 pontos no Ibope; especialista explica fenômeno por trás da crescente adesão das marcas, com foco em publicidade multicanal
A média dos trinta primeiros dias da edição de 2022 do BBB (Big Brother Brasil), da TV Globo, registrou 5 pontos a menos do que o alcançado no primeiro mês da competição precedente, conforme dados do Kantar Ibope Media divulgados pelo Notícias da TV. Segundo a análise, o reality show conquistou a média de 22,4 pontos no Ibope entre os dias 17 de janeiro e 20 de fevereiro. A título de exemplo, o BBB 21 obteve 27,4 pontos no Ibope em igual período.
Ainda de acordo com o balanço, em porcentagem, a baixa de 5 pontos em relação ao primeiro mês entre as duas últimas edições representa 18% de queda. Os resultados são melhores do que o registrado em 2015 (com 22,8), 2017 (com 22,4), 2019 (com 20,4) e 2020 (com 22,6),
Apesar disso, o BBB 22 bateu recorde de faturamento publicitário antes de sua estreia. O programa tem o intervalo mais caro da TV brasileira e já garantiu mais de R$ 600 milhões à Rede Globo, conforme publicado pela IstoÉ Dinheiro. Paralelamente, a emissora ofertou o maior plano comercial da história do “BBB”, com três cotas publicitárias vinculadas ao programa, segundo o UOL.
Para Diana Haas, proprietária da empresa Ahaas Mídias Sociais, em parte, o recorde de faturamento de publicidade do BBB é decorrente do sucesso das últimas edições.
“As filas para entrar no programa se formam meses antes de sua estreia, com concorrência pesada para participar. Os números positivos são apresentados para as marcas, tornando o jogo um objeto de desejo entre os patrocinadores que almejam alcançar o mesmo sucesso de edições anteriores”, afirma.
Na visão de Haas, a baixa na audiência desta edição não deve impactar significativamente a publicidade do próximo ano. Já que a dinâmica do jogo é viva, ela se modifica de acordo com a necessidade e gera novas demandas de comunicação a cada semana. “Mesmo com a audiência abaixo do esperado, o programa ainda consegue gerar conversa em torno de temas relevantes e mantém engajamento alto nas redes sociais e plataformas multicanais”.
Para a especialista, o comportamento das marcas patrocinadoras e das outras que fazem aparições pontuais no programa nas redes sociais está diretamente ligado ao sucesso do patrocínio. Nesse caso, o uso de Qr Codes, interações em redes sociais e conversas de relacionamentos com os clientes são fatores determinantes no sucesso das ações.
“Pegando carona com a grande visibilidade do reality, muitas marcas que não patrocinam o programa também surfam a onda em assuntos pertinentes. Quem consegue um bom timing, acaba viralizando mesmo sem pagar”, pontua. “Não há como um profissional de marketing digital não estar atento ao maior assunto gerador de conteúdos do momento, que é o BBB, seja para criar seu conteúdo ou gerar conversa entre os usuários”.
Publicidade multicanal
Historicamente, acrescenta, os patrocinadores que têm os melhores resultados são aqueles que, além de aparecer durante o programa, levam a interação a outros canais, continuando o storytelling iniciado na TV. É a chance de humanizar a marca e levar a conversa para um nível onde todos possam participar.
A proprietária da empresa Ahaas Mídias Sociais observa que a interação das marcas com o público nas redes sociais tem evoluído nos últimos anos. “É visível a preocupação das marcas em criar dinâmicas que envolvam o público, no próprio jogo as pessoas têm um papel importante de escolha. Então, não deve ser diferente na interação social”.
De fato, 67% dos brasileiros que usam o Instagram seguem algum influenciador digital, sendo que 55% dos usuários já fizeram uma compra depois que um produto foi indicado – ou utilizado – por um influenciador digital, segundo estudo da Opinion Box.
A pesquisa também mostra que 18,5% dos entrevistados já foram sugestionados por influencers durante seu processo de decisão de compra e 82% dos internautas do país seguem marcas no Instagram. Destes, mais da metade (47%) afirmaram que mantêm contato com posts de empresas e marcas.
Para concluir, Haas destaca que as empresas, além de se preparem melhor para respostas, crises e ações, acabam gerando novas conversas com influenciadores a cada ano, ampliando seu público e trazendo mais seguidores engajados para suas marcas.
“As menções, em grande parte, são positivas. E, mesmo em momentos de crise, as empresas que investem em publicidade se mostram mais preparadas para fazer a gestão de conteúdo necessária com celeridade”, finaliza.
Para mais informações, basta acessar: https://www.instagram.com/dianahaas/
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