São Paulo 15/2/2022 –
Segundo estudo feito pela Educa Insights, em conjunto com a Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), 46% dos estudantes buscam o ensino a distância (EAD) para realizar a graduação. A partir disso, as instituições vêm investindo nessa modalidade de ensino – em média, 94 mil vagas serão abertas em 2022. Esses estudantes podem vir a realizar uma prova de títulos em qualquer momento da carreira.
CNE elabora documento favorável ao ensino híbrido
Segundo a presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), o conselho está elaborando um documento favorável à permanência do ensino híbrido para a educação básica e superior brasileira. O anúncio foi feito em novembro de 2022. A presidente explicou, na ocasião, a existência de uma versão preliminar com capítulos orientados à educação básica e outro à educação superior.
Ainda foi apontado que o objetivo é aprovar, ainda no início deste ano, o conceito de que a educação e aprendizagem híbrida não são modalidades. O anúncio foi realizado durante o seminário virtual “Os quadrantes híbridos da educação superior brasileira”, promovido pela ABMES no YouTube.
A presidente ainda expressou o que considera como sendo a percepção certa da educação híbrida mediada por tecnologia. Segundo ela, não é criar ou regular uma modalidade híbrida, que deve se submeter a porcentagens presenciais ou híbridas. Mas, sim, metodologias que podem ser usadas no interior ou fora da faculdade. Na ocasião, foi indicado que o texto para consulta pública estaria livre até o final de novembro de 2021.
A ABMES, levando em consideração alicerçar as instituições de ensino superior (IES), realizou um novo conceito dos quadrantes híbridos, uma união de novos modelos de ensino beneficiados pela diminuição da resistência de alunos e professores em relação à utilização de tecnologias no processo de aprendizagem e ensino. O diretor-presidente da ABMES fez ainda algumas considerações sobre o tema. “A ABMES acredita que no pós-pandemia o modelo dos quadrantes híbridos responderá melhor ao momento, uma vez que permite não só um melhor entendimento das possibilidades didático-pedagógicas, mas também é simples de entender e é fácil de ser adotado pelas IES”, diz.
O modelo híbrido apresentado leva em conta dois eixos: espaço (presencial ou virtual) e tempo (síncrono e assíncrono) – que resultam em quatro quadrantes de caminhos pedagógicos: as atividades presenciais e síncronas (PS), atividades virtuais e síncronas (VS), atividades presenciais e assíncronas (PA) e atividades virtuais e assíncronas (VA). “Em cada um deles há um leque de possibilidades de ferramentas e abordagens, assim como há habilidades a serem desenvolvidas tanto por professores quanto pelos alunos”, afirma o pró-reitor de planejamento e desenvolvimento do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) – que apresentou também os detalhes de cada uma das abordagens.
A ABMES crê que, no momento pós-pandemia, o modelo dos quadrantes híbridos será mais viável ao momento, já que oferece um melhor entendimento dos caminhos possíveis didáticos e pedagógicos, além de ser de simples entendimento e fácil adoção pelas instituições de ensino superior.
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