São Paulo 25/3/2022 – O seguro agrícola protege o produtor de uma variedade de sinistros, garantindo indenização em caso de perda da colheita e uma renda mínima até a próxima ceifa.
Aumento de roubos no campo e mudanças climáticas são os responsáveis pelos maiores prejuízos dos produtores rurais; especialista em seguros explica como se proteger e diminuir as perdas
O agronegócio é o setor mais importante para a economia do Brasil e tem registrado números recordes de crescimento. Em 2021, o segmento alcançou uma participação de 27,4% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a maior taxa desde 2004, segundo cálculo realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Já as vendas externas tiveram uma alta de 19,7% em relação a 2020, com faturamento de R$ 120 bilhões, de acordo com análise da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). A expectativa para 2022 é que o segmento cresça entre 3% e 5%.
Apesar do bom desempenho, o mercado agrícola sofre com diversos desafios na produção, entre eles as mudanças climáticas. Chuvas em excesso, geadas, ventos fortes, enchentes e secas afetam diretamente as lavouras e podem trazer graves prejuízos, chegando a uma perda anual de aproximadamente R$ 11 bilhões, segundo levantamento do Deral (Departamento de Economia Rural).
Para se proteger, agricultores, pecuaristas e outros empreendedores do segmento, podem contratar um seguro agrícola, que fornece coberturas contra perdas decorrentes de fenômenos climáticos, possibilitando ao produtor recuperar o capital investido na plantação.
“O seguro agrícola protege o produtor de uma variedade de sinistros, garantindo indenização em caso de perda da colheita e uma renda mínima até a próxima ceifa, e diversas modalidades são consideradas, como grãos (soja, milho), pomares (uva, pêssego, maçã) e hortas (cebola, tomate, batata)”, explicou o especialista em seguros Vamberto Ribeiro, diretor de marketing da franquia de corretora de seguros Grupo F&A.
Outro obstáculo para o setor agro é o aumento dos furtos e roubos nas propriedades, tendo como alvo as máquinas agrícolas, como tratores, plantadeiras, pulverizadores e colheitadeiras, que tem um custo médio de R$ 200 mil cada.
No Brasil não há números oficiais sobre roubos e furtos de máquinas agrícolas, porque entram na estatística de veículos comuns, mas especialistas em segurança rural e empresas de vigilância afirmaram que o número de ocorrências no campo aumentou e relacionam a causa ao crescimento do agronegócio.
“Infelizmente como o mercado agrícola tem se destacado bastante, acaba chamando a atenção também de criminosos. O roubo ou furto de maquinários gera um prejuízo inesperado. As seguradoras possuem uma modalidade exclusiva para esse tipo de necessidade, que cobre possíveis danos físicos causados aos equipamentos, com coberturas adicionais como danos elétricos, roubo, entre outras”, disse Ribeiro.
Como contratar um seguro agrícola
Para contratar um seguro agrícola e/ou de maquinários, o produtor deve entrar em contato com uma corretora de seguros, que irá fornecer todas as informações necessárias e tirar as possíveis dúvidas, como os tipos de proteção, valor da apólice, etc.
“Para quem atua no meio rural, os seguros são essenciais. Eles garantem a continuidade da operação mesmo em meio a crises e contratempos. Para os corretores de seguros, essa é mais uma modalidade em plena expansão que pode ser explorada pelos profissionais, já que muitas vezes os empreendedores do campo desconhecem essas possibilidades de cobertura”, concluiu o especialista da corretora de seguros Grupo F&A. A empresa atua em todo o Brasil através de franqueados.
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