São Paulo, SP 1/6/2022 –
O chuveiro elétrico é um dos aparelhos que está presente em grande parte dos imóveis residenciais. Mas, para escolher o modelo ideal e garantir um banho seguro e na temperatura ideal é preciso seguir alguns cuidados para não errar na hora da compra. De acordo com o professor e engenheiro eletricista Hilton Moreno, que também é consultor técnico da IFC/COBRECOM, algumas dicas importantes podem facilitar a vida dos consumidores e garantir bom uso do chuveiro elétrico.
Dica 1: comprar chuveiro elétrico com o selo do Inmetro
Hilton Moreno revela que, quando o assunto é sobre os chuveiros elétricos, o cuidado mais importante diz respeito à compra dos modelos que tenham o selo do Inmetro, que garante a segurança e consumo eficiente de energia do produto. “Mesmo os modelos mais simples, que obedecem à norma ABNT NBR 12483 e têm selo do Inmetro, já oferecem um grau de segurança bastante aceitável”, revela o consultor técnico da IFC/COBRECOM.
Dica 2: de olho na tensão elétrica do chuveiro elétrico
Outro ponto importante é adquirir o chuveiro na tensão elétrica (“voltagem”) correta, que seja a mesma do local onde ele será utilizado. Há locais no Brasil cuja tensão para utilização do chuveiro pode ser igual a 127 volts (popularmente conhecido como “110”), e outros onde ela é 220 volts. “Se a “voltagem” (tensão elétrica) do chuveiro for maior (por exemplo, 220 volts) do que a tensão disponível no ponto de instalação (por exemplo, 127 volts), ele irá aquecer bem menos do que o esperado; se a tensão do chuveiro for menor (127 volts) do que a da instalação (220 volts), a resistência elétrica do chuveiro vai queimar”, esclarece Hilton Moreno.
Dica 3: potência do modelo
“Com relação à potência elétrica do chuveiro, é fundamental entender que, quanto maior a potência, maior o consumo, ou seja, maior o gasto no final do mês com a conta de energia. Por outro lado, quanto menor a potência, menor o aquecimento da água. Assim, em regiões onde geralmente a temperatura ambiente é relativamente alta durante o ano, um chuveiro elétrico na faixa de 5.000 watts pode ser suficiente, enquanto em regiões mais frias, potências da ordem de 6.500 watts resultariam em banhos mais agradáveis”, declara Hilton Moreno.
O consultor técnico da IFC/COBRECOM ainda opina que é bastante útil escolher chuveiros elétricos que tenham uma boa regulagem de temperatura, permitindo assim que o usuário gaste energia apenas o suficiente para obter um banho confortável.
Dica 4: avaliação do circuito elétrico
Antes de instalar um novo chuveiro elétrico é fundamental que seja feita uma avaliação do circuito elétrico na qual está instalado o modelo atual, sendo que a tarefa deve ser realizada por um eletricista ou outro profissional qualificado para fazer essa verificação. “No primeiro momento devem ser verificados a seção nominal dos fios e cabos elétricos instalados e quantos ampères possuem os disjuntores e/ou fusíveis que protegem o circuito e estão instalados no quadro de distribuição”, diz Moreno. Ele ainda revela que ainda é possível trocar o chuveiro elétrico por um outro modelo mais potente desde que o disjuntor e os cabos elétricos instalados sejam adequados ao novo aparelho.
Caso contrário, o disjuntor desarmará constantemente o circuito elétrico por causa de a corrente elétrica ser maior que a capacidade do dispositivo de proteção. Além disso, poderá ocorrer um aquecimento na instalação elétrica e consequentemente um curto-circuito.
Dica 5: dimensionamento da instalação elétrica do circuito elétrico do chuveiro
Principalmente nos casos em que a instalação elétrica é mais antiga e o consumidor quer adquirir um chuveiro elétrico mais moderno e com potência maior que o modelo que ele possui atualmente, será preciso realizar a troca dos cabos elétricos e do disjuntor, sendo que esse serviço deve ser feito por profissionais habilitados, como o engenheiro eletricista, para dimensionar o circuito elétrico e o eletricista para fazer a instalação. “Em relação à instalação elétrica que irá alimentar o chuveiro, ela deve possuir capacidade suficiente para suportar a grande carga que o produto solicita da rede. Além disso, o circuito elétrico que leva a fiação do quadro de luz até o chuveiro deve possuir um disjuntor instalado no quadro de luz com corrente nominal (“amperagem”) igual à corrente especificada pelo fabricante do chuveiro e que está no manual de instalação do produto”, explana Hilton Moreno.
Dica 6: cabos elétricos indicados para os circuitos do chuveiro elétrico
Segundo a NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), desde 2004 é proibida a ligação de chuveiros elétricos com cabos paralelos ou trançados 300 V e cabos PP 500 V. “Os cabos adequados para a instalação de chuveiros elétricos são os condutores isolados 450/750 V como o Fio Plasticom, o Cabo Flexicom ou o Cabo Superatox, além dos cabos 0,6/1 kV como o Cabo GTEPROM ou o Superatox, todos da COBRECOM”, exemplifica Moreno.
Dica 7: circuito exclusivo é obrigatório
O chuveiro elétrico deve obrigatoriamente ser alimentado por um circuito exclusivo, que possua disjuntor com corrente nominal especificada pelo fabricante, dispositivo DR de, no máximo, 30 mili ampères e com ligação do seu condutor de proteção à instalação elétrica, exceto se for chuveiro com “resistência blindada”. “Uma informação muito importante é sobre a proibição explícita feita pela NBR 5410 da utilização de tomadas de corrente para ligação do chuveiro. Somente é permitido ligar um chuveiro à fiação da instalação por meio de ligação direta (fios emendados e cobertos por fita isolante) ou por meio de conectores apropriados, principalmente os dos tipos “a mola” ou torção”, ressalta Moreno.
Dica 8: DR também é fundamental
A falta desse componente obrigatório nos circuitos dos cômodos molhados como cozinhas, lavanderias e banheiros, afeta a segurança de quem utilizará o chuveiro elétrico, pois o DR protege as pessoas contra os choques elétricos.
Website: http://www.cobrecom.com.br
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